quarta-feira, 31 de março de 2010

Voltei!!!

Oi.
Aqueles que acompanham o meu Blog devem estar se perguntando: "Será que finalmente ficamos livres do humor ácido e nocivo do Alfonso?". Não, ainda não foi desta vez. É claro que, para não se perder o hábito, o carro quebrou na volta, em Conselheiro Lafayete (MG). Meu carro é a gasolina, mas o mecânico que eu arranjei, domingão, na hora do almoço, estava completamente movido a álcool. Talagada de café (bem) forte e um banho gelado depois, o homem me disse que precisaria passar a noite, pois sem uma nova peça ele não poderia me ajudar. Consegui finalmente sair de C. F. pouco depois do meio-dia da segunda e cheguei onze e pouquinho da noite do mesmo dia em BSB.
Ufa! Acabou, né? Nada. Após me apresentar em Brasília, houve um contratempo, digamos, administrativo. Acabei por não chegar para o expediente de segunda-feira, me atrasando em minha apresentação pronto para o serviço. Recapitulando: depois da revisão, ainda em BSB, da quebradeira na estrada envolvendo Paraopebas, Curvelo e Sete Lagoas, do acidente em Volta Redonda, das internações, das dores, das "dores de cabeça", da encheção dos pacová indo atrás de peças e mecânicas especializadas, do acidente em Conselheiro Lafayete e de sair destas férias mais exausto do que refeito, ainda terei que responder administrativamente por ter passado um mês me dando mal. Contudo, nada poderá tirar-me a longanimidade - uma virtude cristã em que o bom ânimo do cidadão não acaba nunca (lembra-se da frase do Cristo? "Tendes bom ânimo, Eu venci o mundo...". Poderia ter sido escrita: "Sêdes longânimos, eu venci o mundo...", sem qualquer alteração no entendimento do texto e sem qualquer heresia). E, ademais, fui envolvido pelos problemas que me acometeram, uma vítima da situação. Responderei o que me for proposto, cônscio de que minhas questões administrativas já estão plenamente justificadas mesmo antes de escritas.
Mas não falemos mais do passado, nem de coisas tristes (parece até frase de ex-namorado quando quer voltar); falemos da beleza do céu de Brasília, da alegria que senti quando recomecei a trabalhar. Sim, gosto de trabalhar. Sou o "TI Guy" - o cara do TI - onde trabalho e como todo cara do TI sou mal visto. Mas amo o que faço. E faço bem feito. Fico rindo por dentro das soluções que dou, pois sei que muitos colegas menos experientes mandariam suas máquinas para firmas terceirizadas e coisas do tipo. Nenhum problema em fazer isto, tal procedimento dá solução aos problemas corporativos e é isto que somos, "solutions providers", provedores de soluções. Só que eu não preciso fazer isto na maioria dos casos; eu mesmo resolvo. Poderia fazer mais propaganda do que faço, mas isto não sei fazer. Mas trabalho com afinco, fico depois da hora, de madrugada, me envolvo mesmo. Espero que fazer o certo seja meu grande mural publicitário, mesmo que ninguém perceba o quanto me esforço, principalmente quem deveria, mas isto é assunto para outro post. Por hora, só estou falando deste meu lado "work-a-holic" - viciado em trabalho.
Gosto do meu ambiente de trabalho. É um povo animado aquele...
Gosto da minha casa. É tão bom entrar no seu quarto, fechar a sua porta, ficar peladão deitado na cama sem NINGUÉM para encher a sua paciência. E gosto do meu micro. Acreditam que quando cheguei ele não estava funcionando? Achei que fosse por saudade... Dei-lhe um trato de ontem para hoje e o bichinho está tinindo!
Bem, é isto. Estou de volta. Se não acontecer outra viagem desastrosa (cruz credo diz com juro) que me afaste do meu ambiente virtual onde publico meus posts, eles continuarão a ser diários. Peço desculpas por domingo, segunda e terça. Eu, segundo descrito acima, tive uns pobleminhas...
Beijos e abraços,
Alf.

sábado, 27 de março de 2010

Preparando a viagem.

Oi.
Meu carro ficou pronto hoje à tarde. Viajo para BSB (Brasília) amanhã às 05:00h! Orem por mim.
Bjs e abraços,
Alf.

sexta-feira, 26 de março de 2010

O valor de 1,99

Oi.
Experência é tudo. Quando bati, os mec(h)ânicos me disseram que em 10 dias o carro estaria pronto. Liguei para o serviço pedindo então dez dias de dispensa para desconto em férias. Meu chefe concordou; porém, ao informar o Comandante que me concederia dez dias, o Comandante discordou; disse que seria ingenuidade da nossa parte acreditar que o carro ficaria pronto em dez dias e que a melhor solução para o caso seria me propor a entrada em férias, o que me daria trinta dias, para arrumar o carro ou o que fosse. Topei na hora, pois imaginei que em dez dias eu teria o carro de volta e poderia passear com o Cesinha por Itatiaia, Penedo, Maringá, Maromba... Vinte e nove dias depois do acidente meu carro ainda não está totalmente pronto. O mais longe que fui, foi até Agulhas Negras. Não, não falo do ponto culminante de Resende ou mesmo da Academia Militar. Falo da Alfaiataria Agulhas Negras, aqui, na rua principal do bairro... Quando alguém ameaçar falar mal do Comandante na minha frente eu o impedirei peremptoriamente e direi: "não diga isto, ele é um homem muito experiente"...
Virtudes de meu Comandante à parte e viagens frustradas também à parte, sobrou o Alfonso no meio, angustiado, longe da vida que está acostumado (não imaginam a sensação de vazio que causa num homem ficar sem gritar "tá entrando um macho no recinto" - meu grito de guerra), procurando ansiosamente por um ganho, qualquer que fosse, nesta experiência estranha. Não encontrei, por hora, um ganho aparente. Mas posso agradecer a Deus porém, por não existir também perda aparente. Escrevo aqui, de perda significativa, um ente querido, um membro do corpo, essas coisas. Acredito que tudo isto ocorreu para evitar um mal maior, que Graças a Deus, jamais saberemos o que era. Ao final de tudo, estamos todos bem, afinal. Só não me peça dinheiro emprestado até maio... Melhor, junho... Hum... Que tal julho? Pelo menos tem o décimo-terceiro...
Hoje porém, uma das dores que eu sentia foi aplacada... Após um mês de dias menos um dia, sentei-me novamente no 1,99. Você não sabe o que é 1,99? É que o meu carro é de 1999 e como é uma porcariazinha como as merrecas que a gente compra numa loja de 1,99 ele recebeu o carinhoso apelido. O engraçado é que ele é chamado de 1,99 só quando se precisa dele: "O 1,99 taí? Tenho que buscar o carro no mec(h)ânico", "Dá pra me dar carona no 1,99?", "Pode me levar não sei onde? Isto é, se o 1,99 chegar lá", "Ih, Alf, tá chovendo... No 1,99 não chove dentro não, chove?" e por aí vai...
Dei a partida. O valoroso 1,99 funcionou... E bem! Foi dirigido hoje pelas ruas (esburacadas e tortas) de Volta Redonda. Deixei-o no vidraceiro, trocando o vidro. Ainda faltam a cambagem e a parte elétrica. Deus queira que eu consiga resolver a cambagem (alinhamento e balanceamento) em duas horas e que no restante da manhã eu resolva a parte elétrica. Continuo dependendo da oração de todos. Domingo, 06:30h (aham) estarei indo para Brasília. Se Deus quiser...
Você que acompanha meu Blog deve estar se perguntando: "Ué... O Alf reclamou o mês inteiro que gastou dinheiro como água... Como é que sobrou algum dindin para a viagem de volta?" Você nem imagina? Os parentes, dominados pelo mais puro amor (traduzindo: não me aguentando mais por perto), se cotizaram (a famosa vaquinha... Coitado de quem teve que dar o rabo... Ou o chifre, vai saber...) e me ajudaram a custear a viagem de volta ("ainda bem que nos livramos desta mala" devem estar pensando...).
Beleza, ano que vem eu volto ;-) .
Eu não sei se amanhã escreverei. Não sei se me dará uma louca e eu irei para a estrada amanhã mesmo. Torça por mim. Eu continuo torcendo por você.
Bjs (e porque não dizer, abraços),
Alf.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Mentiram para mim... E para você também...

Oi.
Eu tenho que te contar uma notícia que deverá parecer triste para você. Pois para mim, foi horrível... Não tenho palavras para descrever o quanto estou sofrendo com isto. Minha alma está dilacerada pela dor e pela frustração própria que nos acomete quando as sombras de nossas expectativas ilusórias são dissipadas pela luz da verdade (sem contar que você já deve estar tiririca da silva por eu estar enrolando tanto nesta introdução ao invés de passar logo ao assunto...)
Sempre me falaram que sou gordo (não, não é esta a mentira; sou gordo). Mesmo quando era um atlético lutador de Tae Kwon-do sempre tinha um desabençoado para me chamar de gordo. Ou, como dizem os mineiros, forte. Estava em MG outro dia e ouvi uma popular comentando com a outra: "Fulana é forte...". Olhei para trás e ao invés da musculosa praticante de fisioculturismo que esparava ver, aparece uma rechonchuda praticante de alterocopismo (pelo jeito, nas modalidades "etílico" e "não etílico") e arremesso de (muita) comida com o garfo. Logo, poderia me iludir de outra forma e me achar "forte". Não, não dá; não com o espelho que citei no post intitulado "Homem gordo passa; mulher gorda não passa.", neste Blog. Aliás, não dá com nenhum espelho (e meu leitor está pensando: "...ainda bem que este Blog não é impresso, porque do jeito que o Alf tá enrolando para falar a tal mentira, eu já teria rasgado o papel há muito tempo...")...
Mas eu nunca entendi bem este lance de "engordamento". Uns dizem que é o sedentarismo; outro que é a alimentação inadequada, gordurosa, frita, os fast foods em geral... E as massas... Hum, as massas... O meu grande amigo Elaor, o popular "Gaúcho", montou uma pizzaria, chama-se "A Melhor Pizza". E é gostosa mesmo a danada... Ouso dizer que, para meu paladar, é a melhor do SMU e adjacências... Claro que tudo isto que citei acima tem que, por obrigatoriedade, ser acompanhado de refrigerante... Muito refrigerante...
Em Volta Redonda, quem faz a minha comida é a vó Maria. Ela é muito zelosa com a comida (do neto). Toda refeição tem que ter os trem que dá sustança, arroz, feijão, angu ou farofa; a carne, normalmente cosidinha e os vegetais de praxe, cenoura, abóbora, couve alface... E nada das coisas gordurosas e industrializadas de Brasília. Chegou a ralhar com tia Selma no dia em que ela me trouxe uma pizza e deixou dois míseros refris para acompanhar a redonda... "Petit Gateau" que eu adoro? Nem em sonho... Nem sorvete de casquinha do trailer... Nada... Ah, não falei, aqui é morro para todo o lado e até ir à padaria da esquina é uma caminhada forçada e tanto... E eu passei o mês no "SPA" da vó Maria, só com comidinha caseira, sem guloseimas e com ela falando para todo mundo que parecia que eu ia sumir, porque não comia quase nada; e andando todo dia atrás de peça de carro, indo ao mecânico, me alongando, me exercitando... Vó Maria me disse ontem que, parando de comer as bobagens que eu comia e lidando (correndo atrás das coisas) como eu estava fazendo, eu deveria ter perdido uns cinco quilos.
Hoje fui à farmácia. Consertaram, finalmente, a balança. Fui, alegre, me pesar. Subi à balança. Não acreditei no que vi. Desci, pedi para que o Cesinha subisse, vi que o peso dele estava o mesmo de Brasília e subi novamente, agora cônscio de que a balança estava funcionando corretamente. E, assim como ocorreu com o Cesinha, meu peso também ERA EXATAMENTE O MESMO PESO QUE EU TINHA QUANDO SAÍ DE BRASÍLIA!
Devo chegar em Brasília domingo. Quem quiser falar comigo que ligue, melhor, vá para a pizzaria do Elaor. Estarei lá, comprovando que tudo que nos falaram sobre o que engorda e emagrece são mentiras... Tô te esperando...
Beijos gordurosos,
Alf.

terça-feira, 23 de março de 2010

Simplesmente fé...

Oi.
Diz a Bíblia que certa feita estava Paulo (isto mesmo, Saulo de Tarso, ou São Paulo, ou Apóstolo Especial aos Gentios - chame-o como quiser) pregando num lugar chamado aerópago (um local aberto, próprio para pregações) e anunciava a "deuses estranhos". Paulo começa a defesa de sua fé dizendo: "Varões atenienses, em tudo vos vejo acentuadamente religiosos..." Era um elogio; lá pelas tantas diz que o Deus que anuncia, já existia em seu Panteão: "Agnosthos Theos", ou Deus Desconhecido. E anunciou a Jesus e a ressurreição, mas aí aquele negócio de nascer de novo foi demais para um dia só e os ouvintes pediram para ouvir sobre isto outro dia...
A história acima está no livro de Atos dos Apóstolos, capítulo 17. Mas vou abordar uma idéia periférica do texto, não a central: o povo acentuadamente religioso. E, assim como no texto, com sentido de elogio.
É assim, um povo religioso, o modo como vejo o povo de Volta Redonda, cidade onde estou passando um mês de "férias". Mais do que isto, vejo este povo como um povo de fé.
As minhas primeiras experiências místicas (contato com o sobrenatural) foram em Volta Redonda e adjacências. Não pense o leitor amigo que era um homem incauto a procura do desconhecido. Já era um profissional, tanto secular, como militar, com dois cursos técnicos e a esta altura da minha vida já havia sido aprovado em vestibulares como UFF e UNESP. "Como pode um homem culto cair nessa de espiritualidade?", podem perguntar alguns, até mais cultos do que eu...
É simples; fé. Fé não se explica, se sente. Não depende de intelectualidade ou de estudo, mas de credulidade, de crença. Mais que isto, fé se vivencia. E o chamado "primeiro amor" eu vivi em Volta Redonda. Sempre vi na televisão os shows que os ministérios eletrônicos propagavam em nome de sua fé e olhava com olhos de desconfiança. Mas em Volta Redonda era diferente. Sem muita propaganda, entrava-se na casa de uma irmã, às vezes bastante modesta (ou melhor, chamar de casa é eufemismo da minha parte), havia um povo fazendo suas preces e de repente, repito, sem alarde, o cara que entrou de muletas saía andando. O outro, que passou o domingo chorando porque descobrira um câncer incurável no seu cérebro, sentiu um arrepio quando um irmão passou por ele; o irmão também sentira o arrepio. Na segunda, ao fazer os exames complementares, reboliço no hospital: não poderia ser o mesmo paciente do exame anterior, pois não havia sequer sinal do tal tumor. E isto não era com gente que veio de lá não sei onde; era com seu vizinho, seu conhecido, seu parente. Eu pessoalmente fui testemunha das duas histórias citadas...
Eu saí de Volta Redonda e fui viver a vida. A minha fé mudou, já não me sentia mais crédulo como antes. Achava que fosse amadurecimento, que com o passar dos anos o nosso coração se endurecesse com a ausência de novidade na vida. Lêdo engano meu. Aquelas manifestações de fé e, consequentemente, do poder de Deus, continuam a se manifestar nesta cidade e neste contexto, digo que a fé do voltarredondense é contagiante. Ao longo da vida ouvi homens questionando porque Deus não opera hoje como operava no tempo dos profetas ou dos apóstolos. Eu me questionava porque Deus não opera hoje como operava em minha mocidade. Fiquei feliz, pois reencontrei as manifestações do Seu poder na fé simples desta gente, em cada oração, em cada prece, em cada reza. Deus é o mesmo, a gente é que muda... Quem sabe, eu também não volte a ser "acentuadamente religioso", no bom sentido?
Ah, eu não sei qual é o seu problema, nem sua religião, mas creia, simplesmente creia; Deus está contigo.
Beijos e abraços,
Alf.

Pai e filho, uma relação delicada.

Oi.
Existe no ORKUT uma comunidade chamada "Meu Pai É Muito Chato". Sou o moderador da comunidade. Não à toa. As histórias mais estapafúrdias da comunidade são do Caninho - meu pai. Longe de mim reescrevê-las aqui. Quer lê-las? Visite a nossa comunidade no ORKUT e leia os tópicos do Caninho. São muito engraçados realmente e, o que eu acho mais chato, verídicos.
Hoje, porém, fui visitá-lo. Estou aqui em Volta Redonda desde o acidente de carro, há mais de vinte dias, mas na cabeça de meu pai, eu é que tenho que ir visitá-lo e aos meus parentes, não o inverso. O traumatismo torácico e o craniano, para meu pai, só são desculpas (esfarrapadas, diga-se de passagem), para eu me acomodar. Ele é que não poderia sair de sua casa, no centro da cidade e vir até a mim. Afinal, ele é um velhinho de 80 anos... Velhinho?? Qual velhinho? Aquele que trabalha, namora (numa ocasião, depois de "velhinho", teve três namoradas ao mesmo tempo) e viaja direto e reto pro RJ e SP? Velhinho, sei... Mas me visitar, não pode. Ele é que tem que ser visitado.
Ele não pode também informar meus parentes que eu me acidentei. Minha sobrinha preferida deve ter deixado de sê-la, pois, espantada, me escreveu outro dia querendo saber porque eu não dei as caras, se estou em Volta Redonda; aliás, esta criatura bondosa que é o meu pai me ligou outro dia, para saber porque eu não havia ligado para os meus tios... Repetindo, o acidentado, sou eu; as pessoas é que, ao serem avisadas por quem sabe do acidente, se mobilizam e entram em contato - se quiserem, ninguém é obrigado. Mas meu pai não avisou a ninguém que me acidentei. Deve ter vergonha de ter um filho barbeiro... Melhor, deve ter vergonha de mim, como filho...
Mas não tenho vergonha dele como pai. Certas coisas eu acho que faria exatamente como ele, se não parasse para pensar antes de fazer. Não faço, mas tenho o instinto de fazer. Logo, é da nossa natureza (minha e dele) agir de determinada forma em determinadas situações. Mas me considero um homem maduro o suficiente para não repetir os mesmos erros do meu pai. O que significa que estou pronto para cometer meus próprios novos erros... E errar, como só é permitido aos pais fazerem com seus filhos. Espero que tanto quantitativamente como qualitativamente, eu erre pouco com meu filho. Mas acho que ele, quando chegar à minha idade, talvez pense que não, talvez ele pense que eu errei muito com ele, mais do que qualquer pai na face da terra erraria com seu filho. Coisa de filho e pai...
Sempre admirei meu pai. Acho que é porque não o conhecia direito. Fico porém pensando o quanto somos parecidos e o quanto eu posso vir a fazer o César (meu filho) sofrer.
Amo meu pai e amor é bem isto mesmo, aceitar o outro como ele é. Por pior que seja (tá, esta última foi piadinha - o cara é mala mas não é má pessoa; tem o jeito dele de gostar, só isto).
Beijos e abraços; peço desculpas por não estar muito engraçado hoje. Talvez ver meu pai me faça sentir saudades de minha mãe, já falecida... Ela era o contrapeso na balança do casal. E sem ela, o peso do meu pai talvez se torne muito nítido. Espero que a atual namorada dele também lhe sirva de contrapeso e que ambos possam se ajudar na busca da felicidade.
Busca da felicidade? Ah, sim, por falar nisto, SEJA FELIZ!
+ Beijos e abraços,
Alf.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Homem gordo passa; mulher gorda não passa. Será? Acho que não...

OI!
A frase acima me era dita por uma amiga, sempre que eu vestia uma camisa que ficava (+) apertada, ou quando eu me abaixava para pegar alguma coisa e o botão da barriga explodia para fora da camisa; ou ainda, quando a calça ficava caindo (no meu caso, isto ocorria porque a barriga, de tão grande, empurrava a calça para baixo... É o popular "a barriga está saindo... Por cima do cinto").
E eu sempre acreditei. A minha amiga era vaidosa e falsa magra. Porque eu não deveria acreditar? Ela não tinha porque mentir, pensava eu...
Contudo, aqui em Volta Redonda, o espelho do banheiro tinha que estar no enredo de filme de terror. Ele mostra tudo. Não sei se por causa da iluminação que entra pela janela do banheiro, se pela altura que ele foi colocado (dá para ver de um pouco acima do joelho até a cabeça)... Enfim, a coisa é terrível. Pior do que aqueles espelhos de provador de loja. Ou talvez porque o tempo de exposição seja maior. No provador de shopping você troca de roupa rapidinho para não ter que ficar vendo os defeitos do próprio corpo por muito tempo, risos.
A minha barriga parece-me tão grande neste espelho que estou pensando que é uma entidade externa ao meu corpo. É um ser vivo que simbioticamente está aderido a mim. "Walquíria", eu pensei. Parece-me um nome adequado para a minha barriga - se está tão presa a mim, tem que ser feminina. As Walquírias, também nome de uma das músicas mais famosas de Wagner, são seres mitológicos, do panteão nórdico; quando um guerreiro morria, as Walquírias desciam à terra e o buscavam para levá-lo a Walhalla, uma espécie de céu dos nórdicos.
Antes que a minha "Walquíria" me leve para o céu - todos sabemos o quanto uma barriga é nociva à saúde e o quanto ela antecipa a morte do cidadão - eu quero me livrar dela. O chato é que quem me conhece sabe que eu não como quase nada (nem ninguém - que horror, que maldade...). Sou sedentário, trabalho muito tempo sentado, mas mesmo assim, parece não haver justificativa para um adendo tão grande ao meu corpo.
Assim sendo, hoje, discordo da frase da minha amiga. Mulher gorda, assim como homem gordo, podem até passar no ponto de vista estético, como companhia, etc... Sem contar que todo gordinho que eu conheço é feliz... Contudo, existe a questão da saúde. E neste aspecto, o da obesidade como doença, o excesso de gordura deve ser retirado de nossos corpos. Gordura, saia deste corpo que não te pertence!
Beijos e abraços,
Alf.

domingo, 21 de março de 2010

Faça valer a pena.

Oi.
Eu gosto da cena final do filme "O Resgate do Soldado Ryan". O tal Soldado Ryan está velho, farto de anos, diante do túmulo do Capitão que morreu quando foi resgatá-lo durante a Segunda Guerra Mundial. Vira-se para a esposa e pede: "diz para ele (para o morto) que eu fiz valer a pena... Eu fiz valer a pena não fiz?". Junto com o ex-Soldado está sua numerosa família, como que explicando ao morto que sim, ele havia feito valer a pena; "faça valer a pena" foram as últimas palavras do moribundo Capitão ao Soldado, que fez questão de, num gesto simbólico, antes que também morresse, demonstrar que tinha sim, feito valer a pena.
Já que estamos falando de soldados, um militar disse na sua despedida que reencontrou um antigo colega, que ao seu ver era vagabundo, pilantra e até ladrão, pois roubava os cofres públicos ao receber salário (?!?!?!!?!?!?!?! - não, não era eu... Eu trabalho... E muito...). No entanto o vagal estava muito melhor posicionado do que ele. Contudo, cheio de orgulho, disse que havia dado tudo de si para a instituição, pois entendia que após a missão cumprida, mesmo sem os louros de que era merecedor, havia feito valer a pena.
Outro dia uma mulher me escreveu perguntando porque os homens descasados sempre voltam para suas ex-mulheres. Resisti ao máximo a tentação de dizer-lhe que passar a mulher pra trás é fácil, difícil mesmo é passá-la pra frente (risos) e disse-lhe que as histórias que eu conhecia eram inversas e que as notícias que eu tinha era de que um homem só larga uma mulher ao ter outra em vista.
Pensando em tudo isto, acho que descobri porque alguns largam da mulher e outros voltam... Longe de mim querer ensinar como tirar homem/mulher dos outros ou me arriscar a dizer que trago seu amor de volta em XX horas. Se tivesse tais poderes, já tinha montado uma barraquinha e estaria ganhando dindin... Acho que a questão está relacionada à viagem da vida e o que pretendemos fazer para que aquela viagem valha a pena, não só para nós, mas também para aqueles que nos cercam. Tenho certeza absoluta que aqueles que voltaram para seus cônjuges, o fizeram porque algo neles/nelas fez valer mais a pena voltar do que qualquer outra coisa fora do casamento. Assim sendo, a recíproca é verdadeira; aqueles que largaram, o fizeram por encontrar fora de seus casamentos valores que os fizeram ver que a vida valha a pena.
E você? Sim, você. O que você pretende fazer, não para você, mas para o outro, para mostrar que a vida ao seu lado sim, vale mais a pena do que qualquer outra coisa ou alguém na vida?
Pense nisto. Dica: todo mundo gosta de convivência pacífica e fidelidade. Esteja disposto a abrir mão do que não é tão importante, para ficar com aquilo que realmente importa (lembrou do Jim Elliot? Está no post "Os caminhos da vida", neste Blog).
Ah, ia me esquecendo. Falei da relação homem-mulher para desenvolver o tema proposto pela mulher que me escreveu... Mas, fazer a viagem valer a pena, em todos os sentidos, talvez seja o grande barato da vida.
Beijos e abraços,
Alf.

sexta-feira, 19 de março de 2010

A identidade "Alf"

Oi.
Plágio descarado de "A identidade Bourne", que por sua vez é remake de um filme com o mesmo nome da década de 70, que por sua vez foi baseado em obra literária, o post de hoje tem por objetivo, identificar não o Alf, mas sim, a identidade do Blog (quer saber a identidade do Alf? Vá fazer uma busca no site do DGP, hehehehehehehehehe). Vamos às características do Blog:
O "diariodaviagemdoalf" é assexuado. Como é assexuado, não tem opção sexual, mas respeita a opção sexual dos outros. Gente, é bom lembrar que opção sexual não é patologia sexual, nem crime. O Blog não respeita quem pratica crimes, nem quem se esconde atrás de uma doença ou espírito para cometer barabaridades. Tá doente, procure tratamento. Tá com o diabo no corpo? Procure uma igreja, um centro, um templo, um padre, pastor, médium, monge, o que for, de acordo com a sua crença, mas não saia cometendo crimes em nome de uma entidade. Vai que ela exista mesmo e venha tomar satisfação... Dá conta? Eu tô fora...
Subliminarmente no parágrafo acima, deu para perceber que o "diariodaviagemdoalf" é gnóstico, no sentido de entender que cada um tem um credo e busca dentro deste credo o conhecimento de Deus. Use a sua crença para o seu bem e para o das pessoas à sua volta - este é o lema do Blog.
Blog não tem raça, ou melhor, é a confluência de todas. O cachorro é SRD (sem raça definida); o Blog é CRD (cem raças dentro). O Blog é negro, é branco, é índio, é amarelo, é verde, é vermelho, é extraterrestre... É o que você quiser que seja.
Por último e não menos importante, o "diariodeviagemdoalf" não tem estado civil. Vamos falar de casados, solteiros, viúvos, desquitados, tico tico no fubá, amasiado, namorado, na "morando" (casal de namorados que mora junto), etc...
Essas considerações são necessárias, para vc leitor amigo entender que aqui serão escritas coisas que podem referir a determinada "casta", mesmo que esta casta não esteja descrita no post de hoje, mas não será nunca, de forma alguma, preconceito ou partidarismo. Será apenas "minha mente nem sempre tão lúcida" (dá-lhe, Charlie Brown Jr!) escrevendo bobagens...
Bejos e abraços,
Alf.

Os caminhos da vida.

"No meio do caminho desta vida,
Paro e revejo a percorrida estrada;
A vara em que me arrimo está partida,
A capa em que me aqueço está rasgada..."

Assim, da forma como está escrito acima, começa um de meus preferidos sonetos, de autoria de meu avô (Dr. Ascânio Ribeiro, membro da Academia Petropolitana de Letras). Ele tinha uma doença, não lembro qual (algum problema pulmonar), que o acompanhou até o final da sua vida. E o soneto é uma "homenagem" à doença. Lúgubre, não? "Errr... O que significa lúgubre, mesmo?" Não se acanhe, vá ao google, risos.

A primeira frase do quarteto é: "No meio do caminho desta vida..." e é sobre ela que vamos conversar hoje. Quando é o meio do caminho da vida? Melhor, o que há de tão especial no meio do caminho da vida?

Encontra-se na INTERNET uma história mais ou menos assim: dizem que as águias quando completam 40 anos sobem ao mais alto cume e lá, iniciam um processo de auto flagelação: quebram as próprias garras, arrancam a própria pelagem e ao final, quebram seu próprio bico; não é um processo indolor. O animal se fere a si mesmo. Há sangue vertido em cada um destes processos. Em pouco tempo, porém, a natureza completa o serviço começado por elas e, como que por milagre, tudo renasce: estão com uma nova pelagem e com garras e bicos mais fortes, prontas para viverem os próximos quarenta anos de vida.

Corroborando, existe uma frase famosa que diz o seguinte: "Não é tolo aquele que dá aquilo que não pode reter para poder guardar aquilo que não se pode perder.". O autor da frase foi um jovem missionário chamado Jim Elliot; ele foi assassinado juntamente com sua esposa e outros três casais por índios brasileiros (é, tinha que ser brasileiro...). Ele viveu o que disse, pois entregou a sua vida terrena em nome da vida eterna. Religiosidade à parte, o simbolismo é semelhante ao das águias: as penas estão velhas, cairão mais cedo ou mais tarde; as garras, quebradiças e fracas, já não agarram mais; e nem seu bico deve ter o mesmo poder que antes. Assim sendo, é melhor abrir mão de "armas" velhas e defeituosas e conservar a sua vida, através da renovação do "arsenal". Ficou clara a comparação?

Estou com 41 anos de idade e verti algum sangue dia 27 de fevereiro - dia do meu acidente. Nada que se compare ao flagelo das águias, nem que indique que eu vá morrer com 82 (quero atazanar meus leitores até os 112, pelo menos, hehehehehehe). Mas para mim, tem sido como se eu tivesse subido ao mais alto cume e aqui, recuperando-me do sangue vertido, também estivesse recuperando algumas das minhas habilidades (e as responsabilidades que as acompanham) esquecidas pelo tempo e pelo desuso. Algo como o que acontece com a águia, na metade de sua vida.
Espero, já que, assim como as águias, estou renovando meu arsenal, que eu lute melhor, ao seu lado, ao lado do bem, por um mundo mais justo.
Beijos e abraços,
Alf.
Ah, sim, quer ler um outro soneto do vô Ascânio? http://emiguir.sites.uol.com.br/

quinta-feira, 18 de março de 2010

Picardias Políticas.

Oi.
Existe um livro de José Arbex chamado: "O Poder da TV". Um livro muito bom, nunca me esqueci de alguns trechos, mas o que mais me chamou a atenção no livro foi uma das mensagens subliminares: a necessidade de, numa guerra, identificar-se o inimigo. Ora, na guerra do dia-a-dia, o inimigo da população é justamente aquele que foi eleito para defendê-lo (paradoxal, não acha?): o político.
Contarei abaixo alguns causos de políticos, risíveis. O objetivo, por ora, é fazer graça... Contra estes inimigos, até as eleições, onde usaremos nossa arma verdadeira, o voto, daremos uns tirinhos de espoleta, gargalhando muito. Ria bastante.

A pior que eu ouvi (ao vivo, esta é de verdade), no interior do estado do RJ, foi aquela do candidato a VARREDOR, digo vereador, que subiu ao palanque e apelou pela fé da população: "Eu tenho certeza, que eu com a minha fé, você com a sua fé, nós, com as nossas FEZES*, faremos muito por nossa cidade". *Acho que ele queria montar um biodigestor (instalação que produz gás natural e adubo a partir de fezes e restos biodegradáveis)...

Na mesma linha tem aquela do candidato a dep. estadual que trocou o discurso das cidades que visitaria e disparou: "Se eu for eleito, farei de tudo, para construir a ponte da nossa cidade!". O assessor o avisou: "Doutor, a ponte é na outra cidade, aqui não tem rio...". Sem pestanejar, continou: "Fazendo antes, o rio artifical, anseio de muitos moradores desta terra!".

Tem uma, que não sei se é verdadeira, do candidato a governador que queria mandar um de seus assessores a uma comunidade dominada pelo tráfico. Claro, para subir o morro e se misturar na comunidade o tal assessor tinha que ser negro e saber dançar funk. Uma equipe de apoio o monitoraria. Um dia, no baile funk, voa tiro para tudo quanto é lado, o assessor está lá dentro. Ligam para o candidato, que pergunta: "Mas ele foi alvejado?". "Não, doutor, ele continua negro", responde a equipe.

Essas aqui eu tirei do livro "Mil Piadas do Brasil", de Laerte Sarrumor* (livro este que me foi dado pela colaboradora Lílian, de Brasília): Um turista brasileiro está na Europa e descobre um museu de cérebros; dentro dele estão os cérebros dos maiores gênios do mundo com seus valores estimados: o de Einstein, 300 mil dólares; Isaac Newton, 250 mil e por aí vai. De repente ele se depara com uma sala cofre e diversos seguranças armados cercando a sala. Qual não é o espanto dele ao ler na placa: José Ribamar Sarney, dois milhões e meio de dólares? Esbraveja: "onde é que já se viu isto, um politicozinho da América do Sul valer mais que Einsten, que Newton..." Um segurança o interrompeu e disse: "Ei, este cérebro é caro assim porque nunca foi usado...".
*Se alguém quiser indenização que peça à fonte...

Tem também aquela do político que montou o museu Tiradentes. Na visita inaugural, só autoridade presente, ao passar por um esqueleto, alguém pergunta: "Governador, de quem é?". Ele responde: "É do protomartir Tiradentes". Mais à frente, outro esqueleto, visivelmente de uma criança. Novamente a pergunta: "De quem é?" E o governador responde: "É do protomartir Tiradentes... Quando criança...".

Atribuem a história acima ao Newton Cardoso, que foi governador de Minas, depois de Hélio Garcia. Outra que atribuem a ele foi a que ele só andaria no helicóptero oficial quando mudassem o nome do veículo: "Helicóptero é da gestão do antigo governador; na minha é NEWTONCÓPTERO!" Será??? Ainda bem que não mudaram, pois o Hélio Garcia voltou ao poder mineiro nas eleições seguintes e teriam que mudar o nome do veículo novamente. Hehehehehe.

A última de hoje, acredito que vocês já conheçam; escrevam a palavra mentiroso no google e cliquem no botão "estou com sorte". Caso cliquem no botão de sempre, vejam qual é o primeiro resultado à sua consulta.

Amados e amadas, beijos mil. Continuem me lendo, por favor. Eu escrevo é para vocês...
+ Beijos a todos,
Alf.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Férias frustradas em Volta Redonda...

Oi.
1503.
Sabe que número é este? É a porcentagem de aumento de incidência da dengue em Brasília. Haja água parada, ineficiência governamental e porque não dizer, falta de empenho dos diversos extratos sociais... Crie vergonha na cara e vá jogar água fora da sua garagem/terraço/varanda, o que quer que seja! Porque, com 1503% de aumento, até eu e vc temos culpa neste cartório...
Por falar em mea culpa, eu ainda não entendo o que estou fazendo aqui. Não, não estou viajando na maionese questionando o que o homem faz no universo. Não é nada disto... É que estas estão sendo as férias mais chatas da minha vida. Sem carro, não sou ninguém. Sem dinheiro, sou eu mesmo (hehehehehehe). Estou num lugar onde morei TROCENTOS anos. Não tem nada aqui pra mim, no sentido lúdico das férias - amo meus parentes e velhos amigos, mas não é disto que estou falando.
Antes eu estivesse em casa... Mais uma vez vasculharia a mala de contas - sem achar o que eu queria, que fique bem claro - mas vasculharia. Assistiria TV a cabo do modo masculino (homem não vê TV, brinca com controle remoto; quer ver TV? Vá assistir em outro lugar), acessaria INTERNET via rádio (aqui deveria ser chamada de via deus; porque só quando quando deus quer, funciona), o telefone tocaria o dia todo - vendedores, cobradores, banco, etc... - mas tocaria e, por último, mas não menos importante, consertaria um ou outro computador de vez em quando, pois ninguém é de ferro - não dá para ficar tanto tempo assim longe das minhas maquininhas...
E, passearia por Brasília. Não me canso de passear por Brasília. Adoro os Centros Culturais, tanto da Caixa, como do Banco do Brasil. Ah, e tem o museu do Banco Central. Sabia que quando você visita o acervo do Banco Central ganha R$ 200,00? Pena que, como estão picotados não tem valor comercial... Pena mesmo, se tivessem, ia lá todo dia, "prestigiar a exposição", risos.
Gosto do Lago e das diversões próximas a ele. Gosto do Pontão e do Pier 21. No pontão já fui até para não fazer nada... Tem a Praça dos Orixás, defronte à prainha, antes de chegar no Pier 21...
Teatro dos Bancários, Teatro Nacional, cupom de desconto do Correio Brasliense para assistir aos espetáculos... Tudo de bom.
Ir à biblioteca em Brasília, é programa. Dia 18 mesmo haverá um seminário de alfabetização Brasil-Espanha na Biblioteca Nacional. Biblioteca Nacional? Puxa, é pertinho do Conjunto Nacional e do CONIC... Vamos às lojas (às compras, só com dinheiro, risos)! E a gastronomia, então? E os eventos culturas gratuitos?
Por tudo isto, as minhas férias são frustradas. Gostaria de estar em casa. Quem me conhece, sabe a falta que me faz um aconchego... Sinto falta de um lugar onde eu possa recostar a minha cabeça...
Eu tenho que admitir também que algumas das pessoas que mais amo estão em Brasília... O Lula, o Arruda, a Dilma...
Zoeira... Acho que quem tem que entender, entendeu.

Beijos e abraços,
Alf.

terça-feira, 16 de março de 2010

Escrachando Platão!

Oi.



Ontem escrevi sobre platonismo, mas acabei não explicando o que é... Mas alguém consegue explicar este trem direito e sem ser chato?



Escreverei alguma coisa aqui, só para não deixar passar batido: Platão, no capítulo X da "República", sua mais afamada obra, começa descendo o pau em Homero, um historiador e segue contando a história de um soldado dado como morto num campo de batalha, mas cujo corpo fora mantido em excelente estado de conservação. O gajo foi acordado e começou a narrar que, enquanto estava morto, fora levado a um outro mundo, paralelo e alternativo a este.



As considerações que faço são as seguintes: a. Se Platão começa o capítulo chutando o pau da barraca de Homero, que era um historiador, é porque, provavelmente a história que ele passa a narrar não é somente um fato histórico, verdadeiro, mas sim, fruto do poder criativo de Platão a partir de fatos, observados ou não; nunca saberemos... b. A história do soldado se assemelha muito ao conceito de planos espirituais, nos quais um ser sai deste planeta/plano e vai para outro canto (tá bom, plano...) cumprir uma missão, ser tratado espiritualmente, essas coisas; c. Subentende-se por platonismo o plano das idéias e dos sonhos, aquilo que não ocorre neste plano material. Por desenvolvimento do tema, pode-se ainda subentender que o que acontece no mundo platônico não acontece aqui e o que acontece aqui não acontece lá. Entendeu? Nem eu...



Platão foi discípulo de Sócrates (não, Platão não foi jogador de futebol, nem aluno das escolas de base do Curingão. Sócrates, no caso, foi um filósofo, a quem se atribui a célebre frase: "Conhece-te a ti mesmo; tudo que sei é que nada sei.", frase esta muito copiada pelos políticos quando são pegos metendo a mão no erário - dinheiro público: "não sei de nada". Deve ser um modelo político neo-socrático...) na Grécia antiga. Existe uma discussão acadêmica interessante que questiona se Sócrates realmente existiu ou se ele foi um alter ego (uma pessoa "inventada") criado por Platão numa forma criativa de fugir da ira dos poderosos de sua época. Se for isto mesmo, vemos que Platão não era meramente um observador da vida, mas alguém que, com seu poder criativo, se esforçava em mudá-la.



Assim sendo, desconfio que descobri porque sou pobre: vivo sonhando que estou cheio de dindin, em iate, em avião, em carrão de luxo, com motorista e DVD no banco traseiro... O meu alter ego está lá no mundo platônico se dando bem e eu aqui andando de carro velho e batido. Quando ando, porque no momento ele está na oficina.



Este deve ser também o motivo pelo qual vc não está namorando alguém como a Aline Morais (marmanjos) ou o Rodrigo Faro (gatinhas) e sim a(o) barrigudinha(o) que está ao seu lado. Hehehehehe. Brincadeirinha... Minha sugestão para você é a seguinte: sonhe que está morando na favela e namorando com a Tati quebra barraco (marmanjos) e que é submissa ao marido infel e mais feio que o "Salsichão" do "Zorra Total" (gatinhas). Você pode até não melhorar de vida neste mundo, mas que tirou seu alter ego da vida boa no mundo platônico, isso tirou. Risos.



Você é realmente bastante observador(a)... Reparou que eu não falei de mulheres no meu plano de riquezas, né?

Ora, é simples. Tanto neste mundo, como no platônico, basta-me a companhia virtual de minhas fiéis leitoras... Aham!



Beijos e abraços,

Alf.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Pode alguém adulto e/ou casado se apaixonar?

Oi.


Ontem, quando deixei um recado dizendo que hoje escreveria sobre o assunto do título, estava é pensando em me dar bem. Existe um texto antigo meu, que trata sobre o assunto, de 2006. No máximo eu teria que reajustar alguma coisa. Estou com meu pen drive (meu pen drive, minha vida...). Não encontrei o texto. Desesperado (até parece...), fui pro e-mail, na esperança de encontrar uma cópia; nada. Então, melhor para você leitor(a) amigo(a), que poderá ler um texto original. ;-)


Tenho ilusões. A maior delas é que, com 41 anos de idade, já vi de tudo e que pouca coisa (pouquíssima coisa mesmo) me surpreende. Em consequencia, não me incomodo com aquilo que normalmente incomodaria ou chocaria uma outra pessoa. O tio que engravidou a sobrinha (aí, fui ver os fatos, a sobrinha era empresária e mais velha que o tio...), o genro que foi morar com a sogra (a esposa do cara tinha morrido e eles moravam no terreno da "jara")... Enfim, quase tudo, quando se vai em busca de maiores informações, se desmitifica, se explica; se bem que, às vezes não se justifica. Mas se explica. Logo, se tiver que me surpreender, só me surpreendo quando, após a explicação, ainda assim a história soe como absurda ou burrice. Amo os burros, mas odeio a burrice...


É neste contexto, o de alguém que não se surpreende, que passo a analisar o assunto. Certa feita, ofereci carona a um amigo. Ele disse que não podia sair ainda; precisei voltar e realmente o encontrei lá, na sala de sua chefe, com aquele olhar perdido de "peixe morto". Uma cena simples, que permitiu que eu montasse um quebra-cabeças. Ele era apaixonado por ela.


Meu amgo era/é solteiro. Mas a cena que citei acima é muito comum. Quase sempre nos locais de trabalho, em nome da ética, as pessoas acabam por não se relacionar, mas isto não impede que as coisas aconteçam dentro da cabeça das pessoas, com cumplicidade e, não raro, reciprocidade. Principalmente os mais experientes, sejam casados(as) ou solteirões(onas), permitem que a imaginação tome o lugar da vida real, para não terem o inconveniente de problemas pessoais. E esta imaginação, este sonho, é o primórdio da vida virtual; sonha-se no virtual, muitas das vezes, pensando-se em não realizar no real (porque, em tese, já aconteceu no "outro mundo", o dos sonhos). Tentando explicar: todo adulto que conheço que gosta de cyberpornografia vê vídeos de gang-bang (sexo grupal), mas com certeza, nunca deve ter praticado. É uma manifestação de curiosidade, talvez até de vontade, mas dificilmente um passo para manifestação do desejo. Será que me expliquei direitinho? Platonismos à parte, nessa de ficar sonhando, troca-se a vida real pelo sonho e no sonho, ninguém tem defeito, nada é problema, etc...


Esta é a armadilha da paixão madura: existe a vida real, com seus problemas, mazelas, contas a pagar, mau humor de chefe, de esposa (de marido), de filho(a), de mãe, de irmão(ã), cunhado(a), do escambau e do etc.... Ao invés de se preocupar em soluções, o homem (não faço diferença de gênero aqui; homem, no caso, é alguém feminino ou masculino) procura um escape, uma vida diferente. Começa a pensar como a vida seria melhor se reencontrasse seu amor da adolescência/juventude, em como aquela pessoa mais jovem (ou mais velha) é mais compreensiva que seu cônjuge, em como seria bom viver programas sociais ao lado de alguém que se gosta (e não com a penca de gente que ele(a) tem que levar consigo a qualquer lugar...). Caso esses pensamentos ficassem só na virtualidade, que bom, dos males o menor. Só que, como diz a colaboradora Mírian, de Brasília, "do virtual pro real é um pulinho". E temos aí o nosso adulto apaixonado.


O problema é, porém, o que o adulto fará com esta paixão. Tirar da cabeça? Beleza! É fácil, né? Já tentou tirar alguém da cabeça quando você está apaixonado? É praticamente impossível. Eu entendo hoje porque os casamentos duravam tanto no passado. É que o povo quase não se via (de novo: não tinha cheiro, não tinha gosto, não tinha grito, querência, etc...), era tudo por carta e o povo se apaixonava por uma idéia e não por alguém. Bastava manter a idéia, que o amor se mantinha. Isto explica também as modernas relações via Internet que dão certo (conheço um casal que se falou durante anos na net e quando se conheceu foi amor à primeira vista). E porque não dizer, isto explica também as paixonites tardias. Dada a diversa gama de circunstâncias que envovlem essas relações, elas só despontam após a certeza da cumplicidade e reciprocidade - e depois de uma dose altíssima de sonho e fantasia.


Sim, eu acredito nas paixões maduras, seja homem ou mulher, casado(a) ou não. Resta saber se vale a pena trocar toda sua história de vida por algo que, pelo menos até a troca, só existe virtualmente em seus pensamentos.


Se eu já me apaixonei depois de velho? Claro que sim! Todos os dias, por todos vcs, aqueles(as) que me lêem ;-) .


Bjão do Alfonsão.

domingo, 14 de março de 2010

O amor está no ar...

Oi.

"Love is in the air"... Este era o título de uma música famosa na minha mocidade... Você nunca ouviu falar? Talvez seja porque eu seja um pouco mais experiente que você (entenda, mais velho; bem mais velho). Isto explica também porque o Cesinha, meu filho de seis anos, estava outro dia chamando o avô no supermercado e um transeunte bateu nas minhas costas e disse: "O menino está chamando o senhor...". Vontade de quebrar a cara do cidadão à parte, estou vendo que o amor, a paixão, o romance, estes assuntos do coração, eles mexem com a gente. Às vezes com saudosismo (na minha idade, normalmente é saudosismo, risos), às vezes com expectativa (quem é que nunca esperou um grande amor?) e, com o passar do tempo, com uma naturalidade "irrequieta" (diz que não se prende mais, mas morre de ciúmes; diz que o outro pode sair sozinho, mas liga de cinco em cinco minutos, essas coisas...).

Lembrei-me porém de uma das paixões mais estranhas que já presenciei na vida; ele era um homem casado e se apaixonou pela médica de sua filha. Procurou-me um dia, com papo de "cerca Lourenço", falando da sua simpatia pela moça (eu conhecia todo mundo, ele, a esposa, a filha, a médica, o marido da médica, o amante da médica - ou será que eram os amantes? Não lembro... Xiiiiiiiiiiiiiiii...).Não entendi num primeiro momento; achei que se tratasse de uma "conversa de machos", na qual os homens falam dos atributos das mulheres - eu sei, queridas leitoras, é um choque para vocês, mas nós homens, sim, falamos de seus bumbuns e adjacências, acreditem vcs ou não. Ah, sim, o cara que dorme ao teu lado e que diz que só tem olhos para vc, também fala do bumbum alheio, basta estar na rodinha de homens conversando. Respondi que o corpo dela era bem feito e tudo, mas que não era essa bolachinha toda, imaginando que a partir daí passaríamos ao escracho - outra mania masculina. Com a voz soluçando, disse-me que a achava sim, maravilhosa. Vi que estava diante de um homem a sofrer. Fechei a porta de onde estava e passei a pacientemente ouvi-lo.

Ele havia perdido um filho recentemente e talvez acreditasse que não conseguisse ter mais filhos com a atual esposa. Com a perda do bebê, a esposa se tornara arredia com a filha e para com ele. A médica, em contrapartida, por estar em local de trabalho, sempre estava muito bem arrumada, era cortêz com todos e reeducava a filha dele quando se consultavam.

Ela era uma mulher nova, bem mais nova que sua esposa. Era uma mulher, como direi eu? Uma mulher em busca da felicidade. Era casada, tinha outro(s) caso(s), não fazia questão de esconder e meu amigo viu nela uma mulher disponível.

Em minha mente, entendo a posição dele até aí. Você sabia que a ortodoxia judaica não condena um homem por desfrutar de uma mulher desfrutável? Isto é coisa do cristianismo, principalmente o romano. Só que existia uma distância muito grande entre desfrutar momentos de prazer com uma mulher (sim, leitoras, algo totalmente condenável para homens casados, principalmente o seu macho - aliás, na minha opinião, o seu jamais faria uma coisa dessas) e aquilo que eu estava vendo diante de mim.

Ele ultrapassara o tênue limite que existe entre uma fantasia, um jogo de sedução entre adultos e a obsessão doentia. Explicando: ele nunca se insinuou para ela, segundo me disse, aos prantos, mas deixou crescer dentro dele uma admiração cada vez maior pela mulher, a ponto de não mais se preocupar com sua própria vida. Suas contas não eram pagas (não era falta de dinheiro, era falta de ânimo para tocar a vida), sua mulher (ou qualquer outra) não o atraía e ele tinha a impressão de que, sem a mulher do seu desejo, não conseguiria viver.

Deixei de lado minhas convicções a partir deste momento e o incentivei a procurar a tal médica (tinha a impressão que o choque da realidade iria trazê-lo de volta desta situação difícil - a mulher ideal não tem chulé, não grita, não peida, não tem manias, não tem cc, não pede para vc consertar a cortina na hora em que vc está vendo TV; a de verdade tem e faz tudo isto). Ele, porém, não queria, ele não conseguia, era como se ela fosse um deus intangível sobre um altar impossível de ser alcançado. Logo, quando se lembrava dela se emocionava e quando a via, chorava. Neste momento descobri porque ele me procurara. Não tinha mais como levar a filha à médica. Dia seguinte ela teria consulta. Não queria sofrer o que estava sofrendo na frente dela e de sua esposa ao mesmo tempo. Esqueci de dizer: ele deixou que este sentimento todo crescesse dentro dele, mas me disse ele que jamais deixou de amar sua esposa (?!?!?!?!?!?!?!) e que aquilo tudo estava lhe fazendo mal. Ele era cristão, queria se livrar de um sentimento que não era para ele e eu então me senti compelido a orar com ele. Se tem algo que aprendi ao longo da minha vida foi que, aquilo que não me cabe fazer, cabe a Deus fazer. Oramos e fui à consulta dia seguinte com sua família (ele, para todos os efeitos "ficou trabalhando"). A médica, em contrapartida (eu a conhecia de outros carnavais), me disse que tinha tomado juízo e que agora vivia só para seu marido (?!?!?!?!?!?!?!).

Depois da nossa conversa, o meu amigo andou triste por um tempo. Vi que se esforçava para ficar com sua esposa. Acho que venceu sua luta interior. Sua esposa engravidou novamente e lhe deu um filho. Nunca mais ele me pediu para ir à consulta em seu lugar, nem trocou de especialista.

Parece que é uma história triste a que eu acabei de contar, né? A história de um amor que não aconteceu... Na verdade não. Basta mudar a ótica e veremos uma história de amor muito bonita. É a hisória de amor de um homem por sua família e seus valores, lutando contra seus fantasmas interiores e seus desejos naturais.

E, sem querer, acabei escrevendo sobre a diferença entre a paixão e o amor. O amor permanece, acredite.

Mas, esta história toda levantou uma questão: pode um homem adulto e casado se apaixonar? Ou este foi um fato isolado?

Leia o que penso sobre isto amanhã à noite, neste Blog.

Fiquei tentado a escrever "Bj do Gordo", mas lembrei que este é o bordão do Jô Soares. E gordo é teu passado!

Bjão do Alfonsão.

sábado, 13 de março de 2010

Apaixone-se...

Oi.

Recentemente (final do ano passado, penso eu...), uma amiga me telefonou, triste, falando que não conseguia se apaixonar por alguém.

Fiquei condoído da situação dela. Tudo que precisamos na vida é de algo que nos impulsione a viver. A paixão é uma delas. Uma psicóloga me disse uma vez que a gente tem que ter TESÃO (sic), pois sem tesão a vida fica sem graça mesmo (para aqueles que equivocadamente estão pensando em comprar um remédinho azul, tesão, no caso, é a paixão que temos que ter para fazer qualquer coisa - qualquer coisa mesmo - na vida).

Escrevi algo parecido com o texto abaixo e entreguei à moça em questão, na esperança de que ela reencontrasse a paixão nas pequenas coisas e assim, pudesse buscar sua felicidade com mais ousadia.

Vamos ao texto:

Apaixone-se...

Uma vez, o poeta Manuel Bandeira, ao final do poema "Belo, Belo", inseriu a seguinte frase:
"Quero a delícia de poder sentir as coisas mais simples".
Quase sempre, queremos que a paixão seja avassaladora como num poema épico, mas, como nos brinda Manuel Bandeira com a frase acima, a delícia da vida pode ser encontrada nas coisas simples do quotidiano: um sorriso, um sabor, um cheiro, um desejo realizado, um dia de sol, um dia de chuva, uma vitória (por menor que seja), uma luta (por mais aguerrida que seja...)... Ao meu ver e para a validação do meu argumento, a frase poderia ser modificada, sem alteração do seu entendimento para: quero a delícia de me apaixonar pelas coisas mais simples... Portanto, apaixone-se pelas coisas simples da vida...

Apaixone-se...

Certa feita, num congresso, o renomado palestrante norte-americano Billy Graham, disse:
"Quero ser apaixonado por Jesus Cristo, através da virtude do seu Espírito".
Karl Yung (ou Carl Jung, encontram-se as duas escritas em diversas fontes confiáveis), pai da psicologia analítica (também conhecida como psicologia junguiana - porque será, né?), dizia que só era possível a cura interior de alguém, se o levássemos de volta ao encontro com seu Deus. Quer tirar a amargura da sua alma? Apaixone-se por seu Deus! Seja Ele o Deus de uma religião estabelecida, seja Ele Aquele com quem vc se encontra no íntimo da sua alma e que, quando fala contigo, você reconhece sua voz...

Apaixone-se...

Jesus, o Mestre dos mestres, Senhor dos senhores, considerado o último homem de cultura plena sobre a face da terra, deu o seguinte mandamento aos seus discípulos:
"Amáras ao teu próximo como a ti mesmo".
Interessantíssimo: a chave para amar qualquer outra pessoa é, em primeira instância, amar-se a si mesmo. E quem fala isto é a maior autoridade no assunto, o próprio Cristo. Alguém só conseguirá se apaixonar por outro alguém, se for paixonado por si mesmo. Então, apaixone-se por você! Seja feliz!. Busque a felicidade em todas as coisas, até em suas lutas...

Apaixone-se...

Acredito que você, após se apaixonar pelas coisas mais simples, apaixonar-se por seu Deus e, finalmente, apaixonar-se por você mesmo, estará pronto para se apaixonar por alguém, ou até pela vida.

Enfim, seja FELIZ!

Beijos e abraços,

Alf.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Religiosos II...

Oi.

Ainda estou pensando o que levaria alguém a trocar o poder de Deus pelo poder de fogo dos fuzis M15. Lembrei de um versículo: "Porque o Evangelho é o poder de Deus para todo aquele que crê, tanto judeu, como grego" (ou seja, o Evangelho é poder de Deus para qualquer um que crer - eu e vc, inclusive). O que leva um homem a trocar todo este poder por cadeia?

Mudando de assunto, mas ainda falando de religiosos, a Marcinha de Vila Velha (sempre ela), nossa já costumeira colaboradora (não, apesar de todas as colaborações que ela já fez, não mudarei o nome do Blog para incluir o nome dela; se bem que ela merece...), nos mandou por e-mail um artigo de um Frei católico falando sobre a recomendação de não se utilizar crucifixos em repartições públicas do estado de São Paulo. O cara é frei, padre, sei lá o que mais, mas sobretudo, é macho. Segue o texto:

"Sou padre católico e concordo plenamente com o Minstério Público do Estado de São Paulo, por querer retirar os símbolos religiosos das repartições públicas. Nosso estado é laico e não deve favorecer esta ou aquela religião... A Cruz deve ser retirada!!!...

Nunca gostei de ver a Cruz em tribunais, onde os pobres têm menos direitos que os ricos e onde sentenças são vendidas e compradas...

Não quero ver a Cruz nas câmaras legislativas, onde a corrupção é a moeda mais forte...

Não quero ver a Cruz em delegacias, cadeias em quartéis, onde os pequenos são constrangidos e torturados...

Não quero ver a Cruz em pronto-socorros e hospitais, onde pessoas (pobres) morrem sem atendimento...

É preciso retirar a Cruz das repartições públicas, porque Cristo não abençoa a sórdida política brasileira, causa da desgraça dos pequenos e pobres."

Frade Demétrius dos Santos Silva, São Paulo, SP.

Não farei nenhuma exegese do texto, mas gostaria de deixar bem claro que eu não sei quem Cristo abençoa e deixa de abençoar, mas se ele diz que sabe, fazer o que, né?

O texto em questão foi publicado num domingão, dia 09 de agosto de 2009 na seção "Semana do Leitor" da "Folha de São Paulo". Como sempre, segue o link: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/semanadoleitor/sl0908200901.htm

Saudações a todos,

Alf.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Religiosos I...

Oi.

Hoje recebi uma informação triste sobre religiosos cristãos. Todos os que me conhecem sabem que "não sou de Paulo, nem de Apolo, mas de Cristo Jesus", em paráfrase ao apóstolo Paulo em uma das defesas de sua fé. Ou seja, não defendo esta ou aquela religião, mas tenho minha fé e fico feliz quando alguém me diz que tem sua fé e a pratica.

A notícia me deixou estarrecido. ALGUNS PASTORES (é, eu também estranhei... E muito) da Igreja Mundial do Poder de Deus -aquela, do apóstolo Valdomiro, que passa na TV o dia todo, que teve um templo fechado em São Paulo, maior bafafá - são acusados de TRÁFICO DE ARMAS... Até agora, a igreja em questão vinha se notabilizando pela pregação da palavra, pela prática da oração sendo, segundo seus fiéis, responsável pela realização de diversos milagres e curas àqueles que a procuram. Acho legal, até aí tudo bem, mostra que fé também é para os dias de hoje; se existiam milagres nos tempos de Moiséis, de Jesus, de Agostinho, de Francisco, de Wesley, porque eles não podem acontecer nos dias de hoje?

O chato nisto tudo é a repercussão negativa para os religiosos. Imagine o quanto não ficará difícil para as denominações religiosas "pregarem o Evangelho a toda a criatura", pelo menos nos rincões deste país? O fato aconteceu entre Corumbá e Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Os policiais encontraram "apenas" sete fuzis dentro do carro. Faz sentido... Sete é um número sagrado, os caras eram pastores, tudo a ver... Voltando a falar sério, é uma região carente. Se antes os religiosos tinham liberdade para se locomoverem em nome da pregação do evangelho - ninguém pensaria que religiosos que vão para um lugar levar conforto à população sofrida de uma região inóspita são também bandidos - com certeza, depois do ocorrido, terão mais dificuldade em seguir com sua missão de fé em caridade e amor.

Até poderíamos achar que eles tivessem feito a limpa no helicóptero do Exército Brasileiro que caiu em Corumbá, na regão conhecida como Nhecolândia, matando quatro militares... Mas os fuzis encontrados pela polícia nao são os nossos FAL; são o M15, um primo do AR15, de fabricação americana e usado por aquele exército até os dias de hoje, em conflitos no mundo todo.

Ia me esquecendo... Os fuzis iriam para traficantes do Morro do Martins, em São Gonçalo. Novamente tudo explicado: os caras são religiosos, o morro tem nome de santo, tava tudo em casa.

Tentei fazer graça com a notícia, mas de tão triste, acho que nem tem como...

Saudações pesarosas...

Alf.

Quer saber mais? http://video.globo.com/videos/player/noticias/0,,GIM1227470-7823-POLICIA+DO+MATO+GROSSO+DO+SUL+APREENDE+FUZIS+QUE+IRIAM+PARA+TRAFICANTES+DO+RIO,00.html

E.T.: Dá uma canseira trancrever links... Este trem não tem ctrl+v. Mas faço tudo pelos meus leitores.

Beijão do Alfonsão.

quarta-feira, 10 de março de 2010

"Sinhá Moça" ou a "Saga do Irmão do Quilombo"?

Oi. Saibam que meu Blog é dez!

Cheguei à marca inédita de 10 comentários... Algo assim muda por completo a vida de um homem...

Descobri também que tive 58 leitores no dia de ontem. Obrigado! É para vcs que escrevo.

Ontem também, ouvindo uma televisão nas redondezas, soube que irão reprisar "Sinhá Moça".

A última versão televisiva da citada novela - é esta a versão que irão reprisar - teve uma reviravolta fora da trama. O romance "água com açúcar" do casal central não estava contagiando os telespectadores; contudo, a galera se amarrava no tal "irmão do quilombo".

Versão tupiniquim de Zorro ou Robin Hood, escolha você, o "irmão do quilombo", em nome da libertação dos escravos e de vingança contra as vilanias e tiranias, lutava pela justiça nos ambientes da trama e teve aumentada, até uma certa dose, a sua importância no folhetim, mas como o folhetim se baseava numa obra de Maria Dezonne Pacheco Fernandes não dava para mudar muito a história (só quem pode fazer isto impunemente são os estúdios Disney, risos) e lá pelas tantas, ficou-se por um tempo sem a presença do herói na telinha - penso eu, na minha ignorância, para não ofuscar demais o casal central com sua presença. O fato de ser o excelente Eriberto Leão, o ator que vivia na tela o "irmão" (Dimas), só corroborou positivamente para a aceitação do personagem pelo público.

Vemos neste fenômeno, não somente uma alteração no roteiro de uma novela, mas sim uma alteração na fotografia dos valores de nossa geração. Já não mais nos prende a atenção os dilemas de um casal que se ama. Importa mais a luta de classes, vencer a injustiça, acompanhar um lider na sua batalha contra o mal. E isto sim, na velocidade dos nossos tempos modernos (não, não estou falando de outra novela, é só força de expressão...), aliado ao sucesso de blockbusters cinematográficos que deixam bem definidos quem é quem na trama, seja "o Bem" ou "o Mal" (para quem pensou no cinema ianque, parabéns; eu estava pensando mesmo é no nosso excelente "Tropa de Elite" - "02, o saco!"), retrata a mudança dos valores culturais de nossa geração tecnocrata. Por aliteração, pressupõe-se que o homem tricotômico do século passado esteja, com a adoção dos bits no seu dia-a-dia (os bits só aceitam valores absolutos, como 0 e 1, bem e mal, ligado e desligado, etc...) voltando a ser dicotômico, como os homens da idade-média, que, distantes das filosofias orientais, acreditavam em bem absoluto e mal absoluto.

O final do post foi meio assim, tipo, viagem na maionese, entende? Depois deste final eu deveria mudar o nome do Blog para diariodaviagemnamaionesedoalf. Hum?!?! Não, vai ficar muito grande, melhor deixar como está...

Melhor mesmo, é eu não viajar tanto na maionese, né?

Bom tudo pra todos,

Ah, sim, quer saber mais?
Novela: http://sinhamoca.globo.com .
Livro: http://www.bondfaro.com.br/preço--livros--sinha-moca-c-classicos-nacionais-maria-dezzone-pacheco-fernandes-8504010384.html .
Autora: http://pt.wikipedia.org/wiki/maria_dezonne_pacheco_fernandes .

Alf.

terça-feira, 9 de março de 2010

Estou me sentindo o "Diogo Mainardi"...

Oi!

Para quem não conhece, Diogo Manardi é colunista da "Veja" e comentarista do "Manhattan Conection" - aquele programa que notabilizou e popularizou o já falecido Paulo Francis. Diogo Mainardi em quase todas as semanas é o campeão de cartas da revista "Veja". Eu, com OITO comentários em meu Blog, estou me achando um campeão de cartas, risos.

Atualizando as informações de quem já me conhece e informando para quem não sabe, estou em Volta Redonda, RJ, em virtude de um acidente sofrido. Meu carro é velho e sem seguro, então estou arcando com o conserto do carro às minhas expensas (e claro, dando uma furada no bolso da parentada aqui do RJ que deve estar louca para se ver livre de mim, hehehehehehe). Meu filho teve que tomar mais de vinte pontos na testa, hoje tirará os pontos. Eu estou brincando com ele, dizendo que a cicatrz dele ficará igual a do Harry Potter, a diferença é que ele é melhor que o Harry Potter, pois o pai dele continua vivo...

Estou sentindo dores no peito, eu bati arrancando, enquanto ainda colocava o cinto (dá para acreditar?) e bati meu tronco no volante. As dores estão fortes e espero minha recuperação. Lamento nisto tudo porém estar fora de Brasília, gostaria de poder escrever sobre o sangangu que está aquilo lá com bastante propriedade. Quando foi noticiada a prisão do Arruda por exemplo, eu entendi o porquê da EPTG estar com um trânsito infernal no horário em que eu passava por ela (era de tarde, aproximadamente na hora em que ele foi preso). Estas impressões "em tempo real" eu não posso ter de Volta Redonda, por mais que eu seja atualizado via twitter ou o que quer que seja. Por falar nisto, você já me segue no twitter? "Follow me": http://twitter.com/alfribeiro .

Sem tomar partido, porém, uma dúvida me assola desde que o escândalo tomou forma: se o Arrudão fez mais de duas mil obras (quer saber mais? http://www.blogdapaola.com.br/?p=10342 ), mesmo roubando do jeito que se alega que ele fez, quanto será que não roubaram os outros que o antecederam, já que nada fizeram? Tudo que o pessoal do mensalinho de Brasília roubou, mais o dinheiro das obras, penso eu... Senão, haja improbidade administrativa...

Beijos nas gatinhas (todas aquelas que me lêem, inclusive aquelas com mais de 120 anos), abraço nos marmanjões (mesmo que sejam marmanjinhos),

Alf. Ah, sim, obrigado por não me corrigirem do erro crasso cometido contra o vernáculo no Blog anterior. Outros bjs e abraços, o mesmo Alf.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Oi.

Adorei este lance de Blog!

Tive TRÊS comentários duma vez ao meu primeiro tópico!!! Obrigado meus fiéis leitores!

Estou tão motivado que direi uma frase séria em homenagem ao dia das mulheres, depois, chutarei o pau da barraca dos políticos.

Mulheres: procurava eu um texto em todas as mitologias e culturas que espressasse na data de hoje a grandeza do espírito feminino. Ainda não encontrei um à altura, mas como o dia está terminando, mais vale o bom no dia que o ótimo atrasado (frase do meu antigo chefe Cel Elói - ele tinha razão, aliás, sempre...). Então a frase escolhida está na Bíblia (sim, vc não leu errado, é a BÍBLIA mesmo...), no livro de Provérbios: "Mulher virtuosa quem a achará? O seu valor excede o de finas jóias." (Pv 31:10).

Sem muito detalhamento, eu considero todo o texto de Provérbios 31, a partir do verso 10, muito atual; estranhamente contrária ao conceito popular, a mulher virtuosa da Bíblia, é uma mulher corajosa, que batalha, que não tem medo de serviço, se esforça, trabalha de madrugada, faz negócios... Tá escrito lá, é só ler... E o homem é que paga de bacana quando é casado com ela (veja o verso 23). Acredite ou não, a mulher batalhadora de hoje, com todas as suas virtudes, era buscada como ideal há cerca de três mil anos atrás.

Bejos, mulheres. Vocês não merecem apenas um dia, mas todos. Parabéns!

Prometi achincalhar com os políticos. Não é minha praia, para mim é mais fácil rir do dia-a-dia do que rir dos panetones, do dinheiro na cueca, da reza para abençoar o dindin do povo roubado na marucataia. Essas coisas me dão é raiva, contudo, a Marcinha de Vila Velha me mandou um vídeo do YouTube, muito engraçado, que me fez lembrar de minha segunda casa, Brasília.

Aí vai o link: http://www.youtube.com/watch?v=ysdUueLnq6Q

Vc deve estar se perguntando? Pq o Alfonso já não colocou o vídeo no Blog? Porque: 1. Se eu fizer isto, vc será obrigado a ver o vídeo, mesmo se não quiser; 2. Carregar o vídeo irá consumir sua banda e as importantes coisas que vc está fazendo no computador usando Internet ficarão mais lentas; 3. Caso isto acontecesse, vc não voltaria para ler meu Blog, porque iria achar que um vírus do meu Blog estaria causando a lentidão. Viu como foi importante ficar não sei quantos anos com a bunda sentada na cadeira da FATEC?

Mulheres, beijos mais uma vez,

Alf.

Dia Internacional das Mulheres!

Parabéns, mulheres, pelo seu Dia Internacional!

domingo, 7 de março de 2010

Diário da viagem. Considerações iniciais...

Oi!

Sou o Alfonso, um cara que, durante quinze anos da sua vida, achou que era "o cara", fosse por ser servidor da união, fosse por ter se formado em uma faculdade pública de primeira linha, do estado de São Paulo, fosse por dar solução aos mais diversos problemas, das mais inustadas áreas (julgavam-me os circunstantes um cara criativo, imaginoso e versátil). Mudei-me para Brasília por motivos profissionais; acostumado a dar solução aos problemas por minha própria conta, lá eu tive o desprazer de ouvir que eu era um elemento meramente operacional, que a decisão não era minha. Naquele dia descobri que eu não era nada. Como eu era um nada muito bom (??!?!?!?!?!?!), meu elevado conceito e meu perfil profissiográfico me conduziram a uma designação para trabalhar à disposição do ministério ao qual eu estava subordinado. Na nova comissão, descobri que além de nada eu não era ninguém. De nada adiantaram os vinte e um anos de excelentes serviços prestados ao país, as referências elogiosas, as condecorações... Bem, a partir da descoberta de que não sou nada e nem ninguém e discordando plenamente disto, parti em uma viagem, de descoberta, para saber o que e quem sou. Esta viagem, nada mais é do que a viagem da vida, com seus altos (raríssimos) e baixos (se fosse o gráfico do monitor de um paciente, de tanto que fica baixo, o paciente já estaria morto faz tempo...).

Pretendo não me apegar somente somente a mim, ficaria sem graça; pretendo, ao invés, escrever sobre a vida que me (nos) cerca. E de certa forma, ainda que indiretamente, estarei fazendo referência à viagem de quem me lê.

Boa viagem, para todos nós...