segunda-feira, 22 de março de 2010

Homem gordo passa; mulher gorda não passa. Será? Acho que não...

OI!
A frase acima me era dita por uma amiga, sempre que eu vestia uma camisa que ficava (+) apertada, ou quando eu me abaixava para pegar alguma coisa e o botão da barriga explodia para fora da camisa; ou ainda, quando a calça ficava caindo (no meu caso, isto ocorria porque a barriga, de tão grande, empurrava a calça para baixo... É o popular "a barriga está saindo... Por cima do cinto").
E eu sempre acreditei. A minha amiga era vaidosa e falsa magra. Porque eu não deveria acreditar? Ela não tinha porque mentir, pensava eu...
Contudo, aqui em Volta Redonda, o espelho do banheiro tinha que estar no enredo de filme de terror. Ele mostra tudo. Não sei se por causa da iluminação que entra pela janela do banheiro, se pela altura que ele foi colocado (dá para ver de um pouco acima do joelho até a cabeça)... Enfim, a coisa é terrível. Pior do que aqueles espelhos de provador de loja. Ou talvez porque o tempo de exposição seja maior. No provador de shopping você troca de roupa rapidinho para não ter que ficar vendo os defeitos do próprio corpo por muito tempo, risos.
A minha barriga parece-me tão grande neste espelho que estou pensando que é uma entidade externa ao meu corpo. É um ser vivo que simbioticamente está aderido a mim. "Walquíria", eu pensei. Parece-me um nome adequado para a minha barriga - se está tão presa a mim, tem que ser feminina. As Walquírias, também nome de uma das músicas mais famosas de Wagner, são seres mitológicos, do panteão nórdico; quando um guerreiro morria, as Walquírias desciam à terra e o buscavam para levá-lo a Walhalla, uma espécie de céu dos nórdicos.
Antes que a minha "Walquíria" me leve para o céu - todos sabemos o quanto uma barriga é nociva à saúde e o quanto ela antecipa a morte do cidadão - eu quero me livrar dela. O chato é que quem me conhece sabe que eu não como quase nada (nem ninguém - que horror, que maldade...). Sou sedentário, trabalho muito tempo sentado, mas mesmo assim, parece não haver justificativa para um adendo tão grande ao meu corpo.
Assim sendo, hoje, discordo da frase da minha amiga. Mulher gorda, assim como homem gordo, podem até passar no ponto de vista estético, como companhia, etc... Sem contar que todo gordinho que eu conheço é feliz... Contudo, existe a questão da saúde. E neste aspecto, o da obesidade como doença, o excesso de gordura deve ser retirado de nossos corpos. Gordura, saia deste corpo que não te pertence!
Beijos e abraços,
Alf.

Nenhum comentário:

Postar um comentário