quinta-feira, 25 de março de 2010

Mentiram para mim... E para você também...

Oi.
Eu tenho que te contar uma notícia que deverá parecer triste para você. Pois para mim, foi horrível... Não tenho palavras para descrever o quanto estou sofrendo com isto. Minha alma está dilacerada pela dor e pela frustração própria que nos acomete quando as sombras de nossas expectativas ilusórias são dissipadas pela luz da verdade (sem contar que você já deve estar tiririca da silva por eu estar enrolando tanto nesta introdução ao invés de passar logo ao assunto...)
Sempre me falaram que sou gordo (não, não é esta a mentira; sou gordo). Mesmo quando era um atlético lutador de Tae Kwon-do sempre tinha um desabençoado para me chamar de gordo. Ou, como dizem os mineiros, forte. Estava em MG outro dia e ouvi uma popular comentando com a outra: "Fulana é forte...". Olhei para trás e ao invés da musculosa praticante de fisioculturismo que esparava ver, aparece uma rechonchuda praticante de alterocopismo (pelo jeito, nas modalidades "etílico" e "não etílico") e arremesso de (muita) comida com o garfo. Logo, poderia me iludir de outra forma e me achar "forte". Não, não dá; não com o espelho que citei no post intitulado "Homem gordo passa; mulher gorda não passa.", neste Blog. Aliás, não dá com nenhum espelho (e meu leitor está pensando: "...ainda bem que este Blog não é impresso, porque do jeito que o Alf tá enrolando para falar a tal mentira, eu já teria rasgado o papel há muito tempo...")...
Mas eu nunca entendi bem este lance de "engordamento". Uns dizem que é o sedentarismo; outro que é a alimentação inadequada, gordurosa, frita, os fast foods em geral... E as massas... Hum, as massas... O meu grande amigo Elaor, o popular "Gaúcho", montou uma pizzaria, chama-se "A Melhor Pizza". E é gostosa mesmo a danada... Ouso dizer que, para meu paladar, é a melhor do SMU e adjacências... Claro que tudo isto que citei acima tem que, por obrigatoriedade, ser acompanhado de refrigerante... Muito refrigerante...
Em Volta Redonda, quem faz a minha comida é a vó Maria. Ela é muito zelosa com a comida (do neto). Toda refeição tem que ter os trem que dá sustança, arroz, feijão, angu ou farofa; a carne, normalmente cosidinha e os vegetais de praxe, cenoura, abóbora, couve alface... E nada das coisas gordurosas e industrializadas de Brasília. Chegou a ralhar com tia Selma no dia em que ela me trouxe uma pizza e deixou dois míseros refris para acompanhar a redonda... "Petit Gateau" que eu adoro? Nem em sonho... Nem sorvete de casquinha do trailer... Nada... Ah, não falei, aqui é morro para todo o lado e até ir à padaria da esquina é uma caminhada forçada e tanto... E eu passei o mês no "SPA" da vó Maria, só com comidinha caseira, sem guloseimas e com ela falando para todo mundo que parecia que eu ia sumir, porque não comia quase nada; e andando todo dia atrás de peça de carro, indo ao mecânico, me alongando, me exercitando... Vó Maria me disse ontem que, parando de comer as bobagens que eu comia e lidando (correndo atrás das coisas) como eu estava fazendo, eu deveria ter perdido uns cinco quilos.
Hoje fui à farmácia. Consertaram, finalmente, a balança. Fui, alegre, me pesar. Subi à balança. Não acreditei no que vi. Desci, pedi para que o Cesinha subisse, vi que o peso dele estava o mesmo de Brasília e subi novamente, agora cônscio de que a balança estava funcionando corretamente. E, assim como ocorreu com o Cesinha, meu peso também ERA EXATAMENTE O MESMO PESO QUE EU TINHA QUANDO SAÍ DE BRASÍLIA!
Devo chegar em Brasília domingo. Quem quiser falar comigo que ligue, melhor, vá para a pizzaria do Elaor. Estarei lá, comprovando que tudo que nos falaram sobre o que engorda e emagrece são mentiras... Tô te esperando...
Beijos gordurosos,
Alf.

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