sexta-feira, 30 de abril de 2010

Em busca da PAZ entre os homens...

Oi.
É muito interessante o amadurecimento. Ele nos permite ver a vida de uma forma que nós nunca havíamos visto antes, por mais que aqueles que nos antecederam nos dissessem que as coisas eram daquele jeito.
Amizades, por exemplo. Quantas amizades deixamos de cultivar, de manter, de buscar, em virtude de estereótipos preconceituosos decorrentes de nossa pouca experiência.
Irritamo-nos com coisas mínimas e deixamos de permitir que reine a PAZ. Não encontro outra resposta a esta questão que não seja a imaturidade...
Não consigo enxergar o que pode ser capaz de cegar uma pessoa a ponto de enganar seu amigo ou ainda, que leve o amigo enganado a ter sentimentos que vão do ódio ao rancor e, não raramente, sem escalas...
Existe uma história que conta sobre um casal discutindo sobre uma rua. O homem entra errado no trânsito, mas não é repreendido pela esposa (só em história mesmo, risos...). Ao questioná-la sobre o porquê daquela postura, ela responde: "...é mais importante ser feliz do que ter razão...".
Eu digo a mesma coisa, de forma diferente. O importante é ter PAZ na convivência diária. Se para tanto precisa-se abrir mão de ter razão sempre, que assim seja. O chato, é que minha maturidade não afeta quem me cerca. Outro dia, disse para um interlocutor por oito vezes e da forma mais branda possível: acalme-se! Nada adiantou. A pouca experiência levou a pobre alma a se irritar cada vez mais e, num crescente de animosidade, a irritação acabou me atingindo e tive que revidar. Não por orgulho ou bravura, mas por natureza. Somos seres belicosos. Continuamos a lutar por comida e status quo. Não queria ter razão, tão somente reagi mediante meu instinto de sobrevivência. E tem graça isto? Duas pessoas com mais de trinta anos (eu, então, mais de quarenta...) discutindo? Se engalfinhando, ainda que em palavras?
Preciso amadurecer mais. Mais do que isto, preciso contagiar os que me circundam com atitudes amadurecidas. Pior, tenho que manter uma postura madura, para que com esta postura, contagie os demais. É muito difícil. Sou humano, falho, pecador...
Mas tenho uma certeza, em decorrencia do amadurecimento. O importante é ter PAZ. Busque a PAZ, junto comigo. Se ambos estivermos em PAZ e a buscando, jamais estaremos em guerra um com o outro.
Bjs,
Alf.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Como sofrem as mulheres...

Oi.
Outro dia uma amiga de faculdade escreveu em seu perfil público que na próxima vez (que nascesse), queria vir homem. Ela ja me disse que acredita em espiritismo, que uma vida só é muito pouca coisa e que sim, para ela, a gente reencarna várias vezes rumo à evolução espiritual. Beleza, é assim que ela crê e a gente, concordando ou não, respeita e apóia.
A respeito disto, estava pensando (podem marcar este dia em suas agendas como data histórica: o Alfonso pensando... O dia em que o Alfonso pensou... Quanto ineditismo...): nascer mulher nao é fácil mesmo não...
Explicando: a mulher, desde cedo, tem que sempre estar "certinha". Um menininho peladinho correndo pelo parque é bonitinho. Se for uma menininha, é vergonhoso. Na adolescência, a púbere junto com as definições do corpo conhece também a menstruação e se fosse só a menarca, uma única vez, tava ótimo, mas não, isto irá acompanhá-la pelos próximos quarenta anos, pelo menos... Já o adolescente macho, só está pagando de gatinho e descobrindo os novos prazeres que seus hormônios descortinam em sua (nova) vida. Aliás, aos homens é permitido a continuidade da imaturidade adolescente ao longo da vida... Não vou explicar muito isto, senão tomarei porrada no meio da rua, mas quem tem que entender - o segmento feminino - já entendeu.
O parto, ah, o parto... Até a Bíblia narra "as dores do parto" como sendo o clímax do sofrimento humano; fazem parte do castigo recebido pela mulher por ter desobedecido a Deus. No entanto, paradoxalmente, é o parto o momento em que estão mais próximas da essência de Deus, pois, assim como Deus, ou melhor através do ato criativo Dele, são elas que geram a vida.
Agora, imagine uma mulher adulta que já passou por tudo isto em nosso dias. Num dia MUIIIITOOOO quente. Naquele engarrafamento da serra, vindo de São Paulo (mais especificamente, Alphaville, risos) e indo para Santos, na véspera de um feriado prolongado. Tá no carro, com as crianças fazendo o maior fuzuê no banco de trás. Já que a gente está só imaginando, neste dia, a @#$#@%$ do ar-condicionado decidiu não funcionar. Ela está com o vidro aberto, respirando dióxido de carbono, pensando nas crianças, que não param quietas um minuto, respirando também toda aquela poluição. Está pensando também que descobriu porque o corno do marido alegou "motivos profissionais" para descer sozinho dois dias antes... Lembrou que não, que seu marido não é corno... AINDA. Mas se fizer isto de novo, vira, ah isto vira (vira nada, mas deixemos a nossa imaginária mulher se enganar...). Neste exato momento, sente descer algo quente dentro do seu corpo. Está menstruando. Junto com a coisa quente vem a cólica. PQP. A barriga parece querer sair do corpo. Ela está de calça branca, sem absorvente no carro. A "regra" veio desregrada, uma semana antes. Nisto passa um vendedor de biscoito de polvilho (pode ser água, sorvete, o que quiser; estamos imaginando, lembra?). As crianças começam a gritar, gritar muito, MUIIIITOOOO mesmo, dizendo que querem. O vendedor se aproxima e o sem-noção (imagine se um mulherão como ela, bem resolvida na vida, iria enxergar o pé-rapado em questão como homem?) ainda fica jogando charme para cima da mulher - lembram-se que os homens tem o direito de agir como adolescentes? Pois é... Se você parar para pensar, tudo isto pode ter acontecido em MENOS DE CINCO MINUTOS na vida de uma mulher. Cruzes!
Numa situação como a citada acima, tenho que torcer para que a minha amiga reencarnacionista esteja errada. "É NUNCA!" que eu vou querer nascer de novo e correr o risco de vir mulher... Risos.
Beijos a vocês, mulheres amadas. Tem o lado bom. Vocês são amadas. De verdade. Citei a Bíblia acima, cito-a de novo. "Maridos, amai às vossas mulheres". É mandamento de Deus. Mas nem precisava ser... Nada é mais prazeroso a um homem do que fazer com que uma mulher se sinta amada, protegida e respeitada. Qualquer mulher? Não, lêdo engano, motivado pelas aparências sociais. O homem quer amar a sua mulher, aquela que ele elegeu para estar ao seu lado...
Ah, descobri depois que escrevi este post que hoje é o Dia Mundial das Associações Cristãs Femininas. Coincidentemente, escrevi um texto que, na minha cabeça, tem tudo a ver. Parabéns a todas as femininas, não somente às cristãs.
+ Beijos,
Alf.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Dilemas...

Oi.
Entrei em parafuso. Descobri que metade de meu público ama as minhas exegeses bíblicas; em contra partida, a outra metade, quando vê que o assunto é Bíblia, muda de página. Como o cara eclético (EU) resolverá esta questão?
Acho que tudo na vida é questão de bom senso. A temperança é um fruto do Espírito Santo e eu acho que vou temperar o meu blog com as verdades bíblicas, sem contudo fazer deste espaço, que considero plenamente democrático, um palanque de exposição de conhecimento (talvez, pseudo) teológico.
É bem verdade que cheguei a estudar Teologia. Três vezes. Fui aluno da FTBS (Faculdade Teológica Batista do Sul), na minha cabeça uma "faculdade norte-americana" em solo brasileiro. Tinha uma família que me era mantenedora. A mensalidade que eu pagava para estudar era subsidiada por uma família americana que nunca nem tinha visto uma foto minha. Era fé. Eles davam o que podiam, para que jovens pudessem cumprir o "IDE" de Jesus. Bonito, muito bonito!
Fui aluno também do CEFORTE - Centro de Formação Teológica, órgão da Igreja Metodista Wesleyana. Lá, o legal, é que o Reitor da Faculdade era um militar da reserva e ele pegava no pé dos alunos internos, como se eles fossem recrutas em quartel. Eu morria de rir. Um dia, um seminarista da minha cidade não foi liberado para o final de semana porque após escovar os dentes, esqueceu-se de seu material de higiene sobre a pia... Risível, senão, ridículo.
A última vez que estudei Teologia já foi aqui em Brasília e considero minhas convicções teológicas a razão de boa parte dos cabelos brancos do Pr Douglas, Doutor em Divindade, no idioma grego.
Mas sou brasileiro e não desisto nunca. Acho que farei uma vaquinha entre amigos e voltarei a estudar teologia, agora como pós-graduação; não sei se elevarei ainda mais o nº de câs do Pr Douglas, estudando na faculdade contígua à Igreja que ele preside, ou na Faculdade Evangélica, um pouco mais distante de casa... Pelo menos, estudando longe, o Pastor manterá uma boa aparência, risos.
Como é que é? Você deixará de ser meu amigo??? Ah, tá, vc não quer colaborar na vaquinha... Fique trânquilo, é só piadinha... Mas se quiser, o nº da conta é... Ei, não dê as costas não, nem me deixe escrevendo sozinho, é zoeira... Ei, não corre não, VOLTA!!!
Caso ainda exista alguém lendo este blog, beijos!
Obrigado, mais uma vez, pela passadinha que vcs dão por aqui.
+ Bjs, agora com abraços,
Alf.

domingo, 25 de abril de 2010

Muito obrigado!

Oi!
Tem um hino cristão que diz: "Sou FELIZ, com Jesus, meu Senhor". Por este motivo, sim, sou feliz. São felizes também todos aqueles que tem Jesus como Senhor, como na sentença proferida pelo hino. Então, sou feliz, espiritualmente falando e estou feliz, humanamente falando. Por que, afinal de contas, estou eu feliz?
Meu blog voltou a bombar. Os últimos acessos do meu blog nesta semana foram acima do dobro da média mensal. Obrigado, é para vocês que escrevo. Escrevo para ouvir (ler) o que as pessoas tem a me dizer (escrever).
Quando comecei a blogar, achei que as pessoas comentariam comigo no espaço do blog, como eu sempre vi nos outros blogs. Cheguei a medir a popularidade do blog em critério dos comentários que eram postados a cada novo assunto - vide o post "Estou me sentindo o 'Diogo Mainardi'...". Mas, não sei bem o porquê, os meus posts são comentados comigo por outros canais, como e-mail, telefonemas, em conversas informais em refeitórios, banheiros (está espantado? Imagine minha situação, "pipizando" e um grupo de desabençoados comentando comigo sobre o blog, risos) e, o recordista de feedback do meu blog, por depoimento de ORKUT.
O depoimento é uma sacada legal. A pessoa te escreve e se for um assunto sigiloso ninguém precisa ficar sabendo, basta não publicar o depoimento.
Descubro assim que vocês, meus leitores, são (ainda) tímidos. Blz. Já tenho um assunto para quando não tiver assunto: falar da timidez de vocês.
Meu muito obrigado a quem me lê; estou feliz porque você me lê, me escreve, compartilha comigo de meus pensamentos, lutas, frustrações, etc... Alguns podem não saber, mas muitos posts são sugestões dos leitores que usam os canais acima para se comunicar comigo. E assim meu blog também é um espaço democrático, noi qual você participa, dando sua contribuição.
AH, sim, ainda não escrevi sobre o assunto que você me sugeriu? Fique triste, não; qualquer dia desses eu escrevo. Errr... SE você gosta deste blog, compartilhe com seus amigos. Quanto mais plural e eclética for a assistência, melhor; melhores terão que ser meus textos, para englobar as diversas nuances da vida, de modo que um povo diferente entre si venha a ter um mesmo entendimento.
MUITO OBRIGADO A VOCÊS, QUE SÃO A RAZÃO DE EXISTIR DESTE BLOG!
Beijos e abraços, em profusão,
Alf.

sábado, 24 de abril de 2010

Tensão pré-eleitoral.

Oi.
A TPE, tensão pré-eleitoral, tem se mostrado muito mais assustadora para alguns do que a terrível TPM, tensão pré-menstrual, que acomete muitas das mulheres que conhecemos. Melhor, mulheres que achamos que conhecemos, até elas terem uma crise de TPM na nossa frente. Hehehehehehhehee (que piadinha infame e mais sem graça...).
Tenho recebido inúmeros e-mails versando sobre a questão eleitoral, que se aproxima, inexorável, como uma sentença de morte sobre nossas vidas...
O ruim da eleição em comparação direta com a pena de morte, é que, depois da eleição, ao invés de deixarmos de existir, a gente continua a sofrer todos os dias, em virtude de nossos erros no escrutínio.
Muitos me escrevem sobre a Dilma. Que ela é isto, ela é aquilo, etc... O que me assusta na Dilma, não é o que ela é ou já foi, mas sim, o que ela nunca foi: eleita. Dilma nunca ganhou eleições, nem para síndica de prédio (forcei a barra agora, não forcei?). Claro que, percebe-se que tem cancha política, haja vista a desenvoltura com a qual trafega pelos diversos segmentos governamentais, a fim de cumprir suas missões. E isto, não é pouco.
Outro dia escutei o Bolsonaro (Dep Fed- RJ) dando a entender na TV Câmara que a Dilma fez muita coisa errada no passado. Coisa séria. Mas, é passado. Devemos, ao vê-la como pré-candidata, analisar que sua história recente se mescla com a história recente deste país, em particular, nos momentos de crescimento e superação em meio a crises mundiais.
Sei, porém, que não votarei nela num primeiro turno. Meu voto iria para Marina Silva ou Ciro Gomes, mas me parece que já cortaram a cabeça do homem. Muita coisa deve acontecer até a data do 1º turno e se tivermos 2º turno irá rolar mais água ainda... Com certeza, não votarei em Serra; quer saber porquê? Dê uma olhadinha na net e veja se descobre como ele é famoso pela forma com que trata os militares e as questões que envolvem o militarismo. Apesar da fama da Dilma e do PT, quem fizer a pesquisa descobrirá que o ex-líder estudantil é muito mais xiita que a ex-guerrilheira, que, no poder, porta-se como uma militar da reserva reconvocada ao serviço ativo. Conhece o caminho árduo, mas tem preferido agir pelo caminho suave.
Espero ter escrito algo que atenda aos anseios de quem me escreve sobre estes assuntos. Mas tanto neste assunto, como em todos os outros, deixemos as preocupações de lado e só nos ocupemos do problema quando já se tratar de missão real. Estejamos porém preparados para mais esta missão.
Beijos a todos,
Alf.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

O Jogo da Velha

Oi.
Tem um filme antigo (põe antigo nisto, eu ainda era criança quando passou - hehehehehehe) chamado "War Games" - "Jogos de Guerra", um filme com Mathew Broderick, de 1983 - e seu final era bastante intrigante. Um computador que desenvolvera inteligência artificial a partir da prática do Jogo da Velha, decide não começar um ataque nuclear porque percebe que, qualquer que fosse a jogada que fizesse nos tais jogos de guerra, iniciaria a terceira guerra mundial, destruiria o mundo e ninguém sairia ganhando. Na linguagem do jogo da velha, qualquer jogada daria, "velha".
O nome do computador era "Joshua"; Josué, em nosso entendimento tupiniquim dos fonemas e da língua hebraica. Josué foi um grande guerreiro e sucedeu Moiséis (aquele do mar Vermelho), na liderança do povo Judeu. Quem concretizou a posse da Terra Prometida foi, segundo a Bíblia, o Josué.
Talvez evocando as qualidades deste grande guerreiro bíblico, o filme chame seu computador guerreiro de Josué. Josué também teve que tomar uma grande decisão, mas para sua decisão usou as pedras Urim e Tumim da vestimenta do sumo-sacerdote e não uma antevisão do jogo, que é o que acontece no jogo da velha.
Decisões são o que norteiam nossas vidas. Somos, de certa forma, escravos de nossas escolhas. A vida não vem com um livro dizendo qual a escolha certa ou errada. As pessoas com as quais convivemos não vem com manual de usuário, nem existe um SAC onde possamos fazer reclamações. Nossas decisões dependem exclusivamente de nós e são elas que definem a nossa vida.
Devemos, então, fazer, na medida do possível, como o computador Joshua: antever, de forma cada vez mais contundente, as possibilidades de futuro. Num jogo, numa folha de papel, na areia até, deixar que irresponsavelmente dê "velha", é uma coisa. Mas dar "velha" na nossa própria vida e na vida de nossos entes queridos, chega a ser um crime contra a humanidade, algo como uma guerra.
Não comece uma guerra contra você mesmo em virtude da preguiça de antever os fatos, de fundamentar seu futuro em passos sólidos e conhecidos. Evite a "velha" e seja FELIZ!
O dia está quase acabando, mas ainda dá tempo de entrar na onda: Salve, Jorge! Incusive, meu irmão, Jorge, que aniversaria hoje.
Beijos e abraços,
Alf.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Dez anos...

Oi.
Sempre se escuta falar que dez anos são uma vida. O primeiro carro zero, por exemplo, comprei há exatos dez anos atrás... Foi um corsa, verde regata, completo, original de fábrica... O primeiro zero kilômetro ninguém esquece...
Dez anos... O cesinha, meu filho, nasceu quando eu completei - COM MUITO CUSTO E SACRIFÍCIO, que fique bem claro - dez anos de casado. Dez anos também, para as praças do Exército, é o tempo de serviço exigido para fins de estabilidade. Também o tempo exigido para a medalha do mérito militar (a 1ª, de bronze), medalha do corpo de tropa, etc...
Dez anos, como podemos ver, é o prazo adequado para muitas coisas. Hoje, descobri mais um prazo adequado para dez anos. Quando comprei o carro zero, fiz um bom negócio e acabei comprando coisas para casa, com uma sobrinha de dinheiro decorrente da negociação. Quando os móveis chegaram, o pessoal da instalação os colocou no lugar e parecia realmente que tudo estava perfeito. Um amigo, o Marcelo Xavier (acho que ele nem lembra disto...), foi lá em casa e eu, orgulhoso, fui tirar um copo do armário recém-comprado para ele beber alguma coisa. Para minha tristeza, uma mola da trinca da porta do armário voou longe. O Xavier olhou a situação e me disse: "Alf, tem jeito não, só outra peça; aproveite que está na garantia e ligue na loja...". Olhei também a peça e pensei comigo mesmo: "não preciso acionar a garantia, EU DOU CONTA DE CONSERTAR!!!"...
Realmente dei. Hoje, DEZ ANOS DEPOIS DO ESTRAGO, eu consertei a molinha. O que prova que o armário é bom. Se durou tanto tempo...
Para os incrédulos da minha capacidade, a trinca nova ficou melhor do que as antigas (também, com a depreciação das molinhas ao longo dos anos, tinha que ficar mesmo). Eu sei, que você, que inocentemente entregou seu notebook, impressora, monitor, desktop ou até mesmo celular para conserto, está um pouco assustado com esta nova informação, de que eu demoro para fazer consertos. Se preocupe não, se o micro ficar aqui por um ano eu pago o bolinho de aniversário...
Beijos demorados (põe demorado nisto...),
Alf.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Navegando na net...

Oi.
Odeio agir como adoleta. Mas, ajo. Sou fã de comunidades virtuais, mesmo sabendo da nocividade delas. Dizia eu para meus alunos que, viver num mundo virtual não é vida, é fuga. Fuga dos problemas, dos enfrentamentos, do dia-a dia. Fuga da vida real, enfim. Contudo, eu mesmo tenho que me cuidar muito, para não ficar mais tempo no mundo irreal do que no real.
Este porém não é um problema moderno. Mudou o canal, o veículo, o meio pelo qual a viagem de fuga acontece. Você se lembra da expressão: "fulano está no mundo da lua"? Pode-se muito bem trocar por "fulano está no MSN" ou "no ORKUT" e o entendimento será o mesmo.
Tudo isto porque agora estou também no Facebook; quem quiser me seguir lá também, basta procurar por Alfonso Ribeiro.
Boa navegação, beijos,
Alf.

sábado, 17 de abril de 2010

Preconceitos...

Oi.
Outro dia escrevi que meu Blog é eclético porque eu sou eclético. Tenho amigos de todos os credos e religiões. Amigos nacionais e estrangeiros. Amigos heteros, homos, bi, pan, etc...
Nestes último grupo de amigos porém, é complicado dizer quem é quem. Dificilmente, logo de cara, alguém admite que tem uma opção sexual diferente de hetero. O outro, a menos que seja da mesma opção, tem dificuldade de entender o óbvio: que as pessoas são diferentes e tem gostos diferentes.
Eu, até hoje, não deixei de ser hetero. E daí? Não sou pior, nem melhor do que ninguém por causa disto. Há quem diga que sou pior, pois tenho menos experiências. Tô nem aí. Prefiro ser fiel a mim mesmo, do que, por conta do que os outros falam, viver uma experiência que não me apetece viver.
Uma dessas amigas é hetero. No perfil dela está escrito "hetero". Ela dá em cima dos carinhas disponíveis e mantém uma postura disponível, já que não é casada. "Porque não é casada?", perguntei. A resposta veio seis meses depois. Ela me disse que continuava envolvida com uma mulher com quem viveu um tórrido romance por três anos e o envolvimento continuava já havia oito anos. Mas ela era hetero... Porque? Porque a sociedade não a aceitaria da mesma forma se ela admitisse ser bi ou homo.
O caso da minha amiga, não é único e o medo do preconceito não se manifesta somente desta forma direta. Há muitos anos atrás, fui com minha mãe num salão de beleza; era eu um adolescente e os amigos adultos brincaram comigo, dizendo que o cabeleireiro gay daria em cima de mim. Com medo do assédio, fiquei na recepção; a "bicha" chegou purpurinada, me beijou no rosto (puááááááá, que nojo), abraçou minha mãe, brincou com outros homens que haviam trazido suas mulheres e entrou. Acabei ficando na recepção sozinho e lia uma revista, quando uma mulher linda chegou, acompanhada de uma menina igualmente bela, parecida com alguém que eu já havia visto, só não lembrava quem. Falou com a recepcionista que se retirou e não voltou. Daqui há pouco vejo o cabeleireiro, purpurinado até fechar a porta atrá de si, transformar-se num cara centrado, que beija a menina no rosto e dá um LONGO beijo na mulher - cabe dizer que este negócio de bi nem era comum naquela época. A menina, parecia-se era com ele e eu entendi tudo (grande, Sherlock!): aquela era sua família. Conversaram o que tinham para conversar, elas saíram e eu fiquei sozinho com ele na recepção - agora, já sem medo do assédio, mas ainda não entendendo aquilo tudo. Ele se virou para mim e disse, desmascarado: "está vendo? Nesta vida, para prosseguirmos em frente, temos que ser artistas...". Um mundo novo se descortinou para mim, trombetas soaram e eu entendi. Há 25 anos atrás, só uma bicha ou outra mulher é que poderia sonhar em botar as mãos no cabelo de uma mulher casada, pois os toscos dos machos daquela época não permitiriam. Então, o cabeleireiro SE FAZIA PASSAR POR VIADO - se dava o "roskoff" eu não sei - para poder atender à sua clientela. Viram o que o preconceito gera? Na subliminar, ainda tem a ignorância dos caras com cabeleireiros que eram bi e cabeleireiras que eram homo... A esposa deles poderia ceder a uma das duas situações, melhor, tentações... Quem é que vai saber? Devia ser um fuzuê daqueles...
O preconceito, num quesito, parece-se com o amor: é uma via de duas mãos; quem é isto ou aquilo tem preconceito de quem não é e vice-versa. Então, meu Blog hoje sugere a vocês todos que fujam dos rótulos e vivam a vida como ela deve ser vivida. Pouco importa se o outro gosta do igual, do diferente ou de ambos. O que importa é que a tolerância alcance tanto estes como aqueles e nós possamos viver num mundo menos hipócrita e com mais aceitação.
Beijos, para todos.
Alf.
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quinta-feira, 15 de abril de 2010

A fuga.

Oi.
Hoje me lembrei de um cara muito certo, que um dia errou comigo. Talvez por ele ser muito correto, me zanguei. E discuti com o caboclo. Só que o cara era bem mais antigo que eu em critérios de hierarquia. Ele estava errado, tudo bem. Mas a forma como eu conduzi a coisa, deixava-o sem saída; lá pelas tantas ele me disse: "o que você quer com isto?". Era para eu entender que fora longe demais. Melhor, que já não se tinha mais como ir além, nem voltar no tempo para que o camarada se redimisse.
Dia seguinte, eu percebendo que fui longe demais, estando o camarada errado ou não - se bem que, só de eu perceber que tinha ido longe demais, dever-se-ia decretar feriado, pelo ineditismo do fato - fui fazer a mea culpa (muito a contragosto, mas pensando na política de boa vizinhança) e o camarada voltou a redarguir. Ele me disse: "Alfonso, você tem que deixar o camarada fugir; tem que ter uma brecha, senão você aperta o cara e ele não tem para onde escapar". Não entendi nada. O cara saiu general - êpa, falei demais - com a fama de ser um camarada altamente intolerante. Eu mesmo acompanhei uma criação de caso dele que demorou anos e não sei se resolveu... Talvez esteja até hoje sem solução, vai saber...
Como disse, não entendi nada... Até hoje. Hoje, fui chatinho com uma pessoa com quem eu não deveria ser. Ao tentar me redimir, ela me cortou. Não de uma forma doce, mas ríspida. Seca mesmo. Então entendi o que o antigo chefe me disse: temos que dar uma chance para o cara fugir do próprio erro, para ele se redimir. Se formos intolerantes com aquele que nos ofendeu, ele nunca poderá se desculpar e esta mesma intolerância não permitirá que perdoemos aquele que nos tenha ofendido. Ah, esta frase te lembrou algo, né? É da oração do "Pai Nosso".
Acho que é melhor mesmo você deixar o outro se redimir. Ele errou? Pode ser. Mas... Quem não erra? E se o caboclo está com boa vontade em parar de brigar, de discutir, de firmar palavra e razão, deixe o cara fugir.
Beijos exaustos,
Alf.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Cumplicidade...

Oi.
Eu acho bonita a amizade entre homens e mulheres. Não acredito que toda a amizade entre homens e mulheres seja sexualizada no sentido carnal da coisa...
Existe porém uma tênue, muito tênue distância entre a amizade e a carnalidade. Pode ver que, quando um homem e uma mulher se tornam cada vez mais amigos, existe uma grande probabilidade de eles acabarem ficando juntos, nem que seja para ver no que vai dar...
Este pequeno hiato que existe entre a pura amizade e a profana carnalidade, eu batizei de cumplicidade. Um limbo relacional entre ambos, homem e mulher. Nem céu, nem inferno. Talvez purgatório...
E é muito bonito ver os casais de amigos evoluindo para a cumplicidade. Manifesta-se na troca de olhares, na atenção desdobrada de um pelo outro. Nos agrados, nos afagos, nos assuntos que parecem intermináveis - nem devem ter fim mesmo, depois dos encontros ao vivo devem se falar ao telefone, risos. Mas não se trata de flerte. O flerte é aquela coisa rápida, como um raio, avassaladora, onde ambos são tomados de assalto por situações que os levam ao jogo da sedução e por vezes, às vias de fato. Na cumplicidade, a amizade evoluída pode perdurar por anos, sem que, efetivamente, se transforme numa relação carnal. Penso eu, que é uma relação romântica, que exala amor, mas não necessariamente carnal. Chamo aqui de carnal, o desejo carnal. Contato físico é visível nos cúmplices. Mas não de uma forma erotizada e sim terna.
Percebeu? Sim, percebeu como vc é maldoso? Aqueles dois que trabalham (ou estudam, ou moram, ou que vc conhece não sei de onde) e que vivem de chamego um com o outro, podem ser só cúmplices, não amantes. Claro, há controvérsias. E eu por acaso, alguma vez na vida, cogitei ser dono da verdade?
Hoje, com a definição de cúmplice, pretendo apenas expor meu ponto de vista sobre o assunto. Quer discordar? Fique à vontade. É preciso jogar luz sobre esta questão. E antes que me perguntem por e-mail ou, pior, por depoimento de ORKUT, vou adiantando: não falo de mim, mas daquilo que vejo.
Beijos e abraços,
Alf.

O foco na velhinha...

Oi.
Como todos sabem, tenho inúmeros amigos que são pastores. As minhas pretensões teológicas (vide os blogs sobre a paixão de Cristo) devem vir da proximidade com este povo. Claro, tenho também amigos que dirigem centros espíritas, que são mestres maçons, presidentes de clube, de escola de samba, etc... O meu blog acaba sendo eclético porque eu sou eclético.
Tem um amigo, desses pastores, porém, que é muito interessante. É o Pastor Levi. Somos amigos desde antes dele ser pastor ou de eu ser (tão) mundano. Porém, ele é hoje um senhorzinho de 69 anos. E ansioso, coisa própria da idade. Se o vôo é 13:00h, 10:00h ele já estará pronto e se questionando porque o resto do povo não está.
Quando ele tem consulta às 14:00h, ele não almoça. Não pode correr o risco de chegar atrasado.
Claro, ele, por ser pastor, tem que estar antenado, ser esclarecido, mas não precisa deixar de ser ele mesmo (como disse acima, um senhorzinho de 69 anos) e de viver de acordo com a idade que possui.
Assim como ele, várias senhorinhas e senhorzinhos, também estão prontos duas horas ou mais antes de seus compromissos. É próprio das pessoas de mais idade.
Trabalho também na área de saúde. Desde 1995 que eu trabalho com TI, mas voltado para a Gestão de Saúde e Gestão de Sistemas de Saúde.
Desde 1995 eu me preocupo com a velhinha. Sim, a velhinha que mora na periferia, que acordou às 04:30h para ser a primeira a ser atentida no posto de saúde, clínica, hospital, o que for. Que muitas das vezes está em jejum, ou por causa de questões pré analíticas (preparo para exame, por exemplo) ou por questões de foro íntimo (não chegar atrasada, essas coisas).
Não tem cabimento, ao meu ver, deixar a velhinha esperando. Ou o velhinho. Nós, do outro lado do balcão, podemos estar nos estapeando, os computadores parados, os equipamentos quebrados, o que for. Mas, da recepção para fora, não podemos transparecer nossas falhas, em respeito aos nossos idosos e não só a eles, mas a todos aqueles que nos procuram.
Falo sobre meu serviço, porque o conheço. Mas foque o seu serviço naquilo que realmente importa; naqueles que precisam do seu trabalho.
Forte abraço,
Alf.

domingo, 11 de abril de 2010

O Vil Metal...

Oi.
Ando preocupado com o mundo e com as coisas que no mundo há, escrevi recentemente. Mas o dinheiro, de todas as coisas que no mundo há, é a que mais me preocupa. A Bíblia diz que "o amor ao dinheiro é a causa de todos os males"; veja bem, o dinheiro é um mero coadjuvante nesta história. O problema é amar ao dinheiro, ter neste amor mais valor do que qualquer outra coisa.
Por amor ao dinheiro, mata-se; pelo mesmo amor, separa-se; se rouba; se humilha; se envergonha... Fazem-se coisas indescritíveis por amor ao dinheiro. Filhos matam pais para receberam antes da hora suas heranças, esposas ou amásias matam seus cônjuges, pelo mesmo motivo...
Não me considero um apaixonado por dinheiro. Talvez eu tenha com ele, digamos, um flerte. Não posso negar porém, tendo em vista nossa instável e não declarada relação, que tenho ciúmes. Quando, por exemplo, vou entrar no meu 1,99 (meu carro) e está alguém entrando numa Tucson, sinto ciúmes desse tal de dinheiro. Porque ele (o dinheiro) está com ele (o dono da Tucson) e não comigo? Ora, porque, como em toda relação, o amor, conforme a definição filosófica e clássica é: força primordial do espírito, dotada de atitudes volitivas. Certo, força primordial do espírito, vá lá, dá para entender: ninguém (NINGUÉM!) vive sem amor. Seja o que for, para se exisitir, tem que primeiro existir amor. Agora, o que significará a expressão: dotada de atitudes volitivas? Significa que o amor tem vontade própria; não somos nós que escolhemos o amor, é ele que nos escolhe. Isto explica porque às vezes vemos aquela mulher linda (ou rica, ou inteligente, ou tudo de bom) com aquele homem feio (ou pobre, ou burro, ou tudo de ruim). O amor é traiçoeiro, pois trai as nossas crendices de que o príncipe ficará com a princesa ou coisas do tipo. Ele tem vontade própria e nos trai.
Assim sendo, o dinheiro não está comigo porque ele tem sua vontade própria. Lembra-se d"O Segredo" e aquele papo todo de lei de atração? Deve haver mesmo um fundo de verdade nisto. Olhe para o lado. Seus colegas de profissão ganham o mesmo que você, mas uns são prósperos e bem de vida, enquanto outros andam de 1,99 para cima e para baixo, quando não está quebrado, em uma oficina. Alguns podem dizer: decisões erradas; mas não creio que, se estão na mesma profissão, por um mesmo período de tempo, não há motivo para as disparidades serem tão grandes... O amor ao dinheiro, como qualquer outra forma de amor, para dar certo, precisa ser uma via de duas mãos: ame o dinheiro, com parcimônia, sem ganância. Quem sabe, desta forma, ele se sinta atraído por você. E, como em toda a relação, há momentos de se dar uma valorizada e outros de desprezo, de mandar embora... Uma boa forma de desprezar, de mandar seu dinheiro embora por uma boa causa, é depositar no fundo de apoio às vítimas do RJ. A conta é no banco Bradesco, agência: 3176-3 conta corrente: 500001-7, em nome da Obra Social do Rio de Janeiro.
Beijos ricos de amor, mas pobres em dinheiro (pois nenhum abençoado clica nas propagandas que existem neste blog para eu ganhar algum dindin...)...
Alf.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

O elevador está cheio...

Oi.
Olhava a tragédia carioca hoje cedo na TV. Revia lugares por onde andei e ficava triste - como não ficar triste? Os números impressionam, os dados reportados pelos noticiários chegam a ser agressivos, de tão naturalmente brutos.
Vemos populares escavando chão e escombros com as próprios mãos, na tentativa de resgatar corpos. Encontrar alguém com vida em Niterói já é uma vã ilusão, a esta altura dos acontecimentos.
Vendo tudo isto, lembrei-me dos elevadores. Existem elevadores com sensores de peso, indicando se o peso está acima do permitido. Uns buzinam, outros simplesmente não saem do lugar... Mas, qualquer que seja o método, todos respeitam e tomam as devidas medidas para voltar o peso do elevador à normalidade; alguém sai, tiram algo que está aumentando o peso, uma carga, qualquer coisa, mas o elevador só sobe dentro do peso permitido.
Penso nas tragédias do passado: quantos não foram mortos pela peste negra; quantos não morreram por outras pestes, por fomes, por guerras, ao longo da história da humanidade.
Penso também na arquitetura e engenharia. Antes, moravamos em cavernas, depois em abrigos de palha, de troncos, de pedras. Chegamos finamente ao esplendor da arquitetura moderna com suas fortalezas de concreto e aço e aos espetáculos da engenharia, com algumas máquinas maiores que pequenas montanhas...
Eu junto meus dois pensamentos e chego à simplista conclusão que o nosso planeta não suporta o peso dos bilhões de pessoas que nele habitam, bem como não aguenta o peso das contruções que criamos para nossa habitação, ou o peso dos artefatos que mantém o nosso "way of life" (pense, por exemplo, nas estradas de ferro, nas redes de alta tensão e nas hidrelétricas...).
O elevador está apitando; ou parando... O planeta está reclamando do peso. Não há mais guerras ou doenças nas quais milhões morrem e a superpopulação tornou-se um problema de nossos dias. Nosso avanço tecnológico e nossa busca desenfreada por um ilusório bem estar, podem estar destruindo nosso planeta e desta forma, ainda que imperceptível e paulatinamente, podemos estar dando um fim na existência humana neste planeta.
Faça sua parte, sua pequena parte. Todos já sabemos o que precisa e pode ser feito para melhorar a vida neste planeta. Vamos todos então contribuir para o benefício do planeta, a nossa casa. Agindo assim, talvez nossos filhos e netos não precisem passar por tragédias como esta.
Beijos verdes e sustentáveis para todos.
Alf.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

O diário de um diário.

Oi.
É muito difícil a proposta de um diário. Quem o escreve tem que encontrar na simplicidade do dia-a-dia, motivos que justifiquem a proposta de um artigo por dia.
Existem dias nos quais parece que um artigo só é pouco; noutros, porém, não parece haver nada para se comentar. Melhor, existem dias em que, apesar dos muitos acontecimentos, não se encontra nada digno de nota.
Pensando bem melhor, talvez não se encontre nada digno de nota num determinado dia, não em virtude dos eventos, mas sim, em virtude dos sentimentos e impressões que o autor do diário teve naquele dia.
Entendendo: se uma emissora de televisão promete uma transmissão em determinado horário e só na sua casa não pega, é um problema de antena. A transmissão ocorreu, mas como sua antena apresentou um problema qualquer, não pode captar o sinal, apesar dele estar sendo difundido.
Assim somos nós. A maravilha da vida explode exuberante a cada manhã, a cada alvorecer... Mas de que adianta isto, se, em virtude das solicitudes da vida, de nossos próprios problemas, não temos condições de captar os sinais da ação divina em favor da humanidade? O problema está em nós, não na vida, que continua a acontecer sob a forma de pequenos milagres que se locupletam.
Assim sendo, o autor de um diário só não terá matérias, se permitir que as mazelas da vida tenham mais importância do que a vida como um todo, se deixar de lado sua posição privilegiada de expectador da aventura humana na terra.
Sim, alguém disposto a escrever sobre a vida, tem que viver intensamente, sem se esquecer de observá-la atentamente, sob o olho crítico de quem assiste um belo espetáculo.
Aliás, para mim, blogar é isto: compartilhar com os outros a sua visão de mundo; no caso de um diário, compartilha-se a visão diária do mundo.
Você deve estar pensando: "coitado, hoje ele foi tragado pelas solicitudes da vida e não tinha nada para falar...". A minha intenção na verdade é lhe dizer: "viu como é difícil montar um diário?". Eu faço com prazer, pois sei que você estará lendo meus textos e de alguma forma, estarei contribuindo em sua caminhada rumo à felicidade.
Beijos,
Abraços,
Alf.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Gostando de si mesmo.

Oi.
A gente sabe, todo mundo sabe, que deve se amar.
Outro dia escrevi que o próprio Cristo disse que só pode amar ao próximo quem ama a si mesmo.
Amar-se a si mesmo é cuidar-se, é zelar pelo cumprimento das decisões tomadas, é pensar muito antes de tomar decisões, é lutar por ser feliz...
Claro, quero ser feliz, assim como você ou qualquer outra pessoa. Sempre associei a minha felicidade à conquista de coisas grandiosas. Mas acho que não sou só eu, todo mundo é assim. E todos sonhamos com essas coisas grandiosas, tipo: ganhar na loteria, comprar um carrão, fazer a viagem dos sonhos, enterrar a sogra (?!?!?!??!?!?!?!?!?!), essas coisas que são associadas ao inconsciente coletivo quando se pensa em felicidade terrena (não, mulheres, não estou falando sobre namorar o Alfonso, a verdadeira felicidade terrena feminina - isto está fora do contexto, hehehehehe).
Hoje fui à Faculdade Dulcina de Artes Cênicas. Nem sabia que existia. Fica contígua à sala de teatro do CONIC (acreditam que fui ao CONIC e continuo sem comer ninguém? Vou acabar entrando para o Guiness...). Resolvido o que eu fui lá resolver, deu-me sede. Lembrei-me de uma cafeteria, no mesmo piso, quase defronte ao teatro. Ao entrar na cafeteria porém, lembrei-me da última vez em que estive ali, com meu pai. Saudades... Ao sentar-me, além da água, perguntei se eles serviam "mochaccino" - "capuccino" com mais chocolate. A atendente me disse que não e passou-me o cardápio. Tinha uma opção bem parecida em paladar com o que eu estava procurando, com café, leite e chocolate em calda, chamava-se "mocha" e pedi, solicitando ainda que se acrescentasse chantilly à iguaria.
Ah, sim, a água era gasosa. Esqueci-me por um momento das dicas de alimentação de minhas amigas: chocolate engorda; café excita e faz mal para o estômago; água gasosa fal mal para o estômago e causa mau hálito (?!?!?!?!?!?!?!?!?!), etc... Sei que devemos nos cuidar, mas devemos também ter o cuidado de fazer aquilo que gostamos, senão a vida acaba perdendo a graça. Comecei com a água, para limpar as papilas gustativas; depois, misturei a calda de chocolate com o restante da bebida, com o cuidado de movimentar o chantilly o mínimo possível. Sorvi a mistura em pequenos goles, permitindo a entrada do chatilly em pequenas porções, a cada sorvida, realçando os sabores da bebida. Intercalava goles do "mocha" com goles de água gasosa.
Foram momentos de um pequeniníssimo prazer, mas que eu me dei o direito de viver. Gostar-se de si mesmo, não é só viver uma vida de disciplina espartana em nome da boa saúde; é também ter a oportunidade de encontrar prazer nas pequenas coisas, ainda que se transgrida, vez por outra, a disciplina.
Goste-se de si mesmo; corra, nade, pratique exercícios, enfim. Manere a alimentação. Preocupe-se com o binômio idade/peso. Mas não seja xiita. Dê-se o direito de ter algum pequeno prazer, seja gastronômico ou o que for. Porque, preservar este direito, com prazer, também é gostar-se de si mesmo.
SEJAM TODOS FELIZES!
Beijos, para mim mesmo, pois eu me amo; bjos também a todos que me lêem,
Alf.

terça-feira, 6 de abril de 2010

O Boêmio

Oi.
Lembro-me de, ainda criança, escutar os discos de meus pais. E eles influenciaram em muito, meu gosto musical. Gostava de ouvir, por exemplo, Nelson Gonçalves. Cantava as letras de cor, de tanto que as ouvia. Eram pérolas de criatividade e transmitiam aos meus ouvidos uma vida que eu não conhecia. Gostava de "Normalista", "Mariposa", "Escultura", "Negue"... E tantos outros sucessos, uns tantos regravados por intérpretes mais jovens. Mas uma, era espetacular:
"A Volta do Boêmio". A letra era soberba, mas não era só isto; "Escultura" possuía uma letra muito mais bonita e demandava uma certa evolução cultural de quem ouvia, mas não superava de jeito nenhum o encantamento que "A Volta do Boêmio" exercia em mim e em tantos outros admiradores.
Pois bem, a música falava sobre alguém que desistiu de uma vida de esbórnia, por outra, ao lado da pessoa amada. Lá pelas tantas, a mulher pede que ele volte à vida de boemia, pois ele mais ama a boemia do que a vida ao lado dela.
Claro, poesia é o que não falta ao compositor desta música, que consegue transformar uma situação trágica, a separação, numa canção de despedida em que a mulher entende o outro.
Lêdo engano dos que vêem a coisa desta forma. Muito provavelmente o senhor boêmio não era dado ao trabalho. As lides do lar não o apeteciam. Sua mulher deve ter se cansado de ser o macho da casa, constatou que seu homem não servia para marido e o jogou na rua, antes que a levasse para o buraco junto com ele.
Eu sei, novamente eu lanço um olhar duro sobre a vida. A boca fala daquilo que o coração está cheio, diz o provérbio; eu o parafraseio aqui, dizendo que a escrita transcreve daquilo que a mente está cheia. Venho de um mês duro. Talvez haja ainda muita dureza para se ver nesta vida. Mas escolhi falar sobre o boêmio porque percebi que posso estar sendo como ele.
Em Volta Redonda me espiritualizei. Me voltei para as coisas do Espírito. Mas assim como o boêmio voltou para a boemia, também eu, ao voltar para Brasília, me carnalizei. Certo, entendo seu espanto e já vou adiantando que continuo sem comer ninguém - isto é um axioma e axiomas não se discutem. Mas estou maledicente, "um homem impuro que habita no meio de um povo de impuros lábios". Estou impaciente. Angustiado. Quase triste (não me deixo ficar triste...)...
Talvez o boêmio da canção não tivesse outra alternativa, senão voltar para a boemia. Quanto a mim, no intuito de me sentir bem comigo mesmo, espero que eu consiga me voltar novamente para a espiritualidade, melhor, que eu consiga valorizar a minha espiritualidade, mesmo em meio aos problemas e desafios do quotidiano...
Ei, você! Você mesmo que está me lendo agora. Não adianta dar um ctrl+tab e ir para a outra guia do seu navegador de Internet. A pergunta é simples e a resposta que você dará, para si mesmo, é mais simples ainda: você tem se sentido bem consigo mesmo ou sua vida resume-se em voltar para "a boemia", para o lugar de onde você saiu para vencer mas, por não vencer, teve que voltar? Eu posso até momentaneamente ter voltado para a minha "boemia", mas não perdi as minhas esperanças de vitoria e tenho certeza que em breve serei novamente levado para um lugar ou situação em que eu me sinta bem comigo mesmo. Eu acredito também que o mesmo possa acontecer com você. Eu espero a sua saída da "boemia", para um lugar de vitória.
VENÇA!
Beijos vitoriosos,
Alf.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Profano, novamente.

Oi.
Profano, nem tanto. Mundano, diria eu. Volto a me preocupar com as coisas do mundo e nas coisas que no mundo há. Morreu recentemente a sogra da Kelly, uma colega de serviço; também o pai do Sant'Ana; o pai do Martins tem cinco meses, mas ele continua abalado; já o pai do Silva Neto, morreu ontem - todos também são colegas de serviço e, mais ainda, da mesma área técnica. Hoje, soube que a avó da Yanna - misto de chefe, amiga, ouvido companheiro, essas coisas - piorou seu estado de saúde e deu entrada na UTI. Está nas mãos de Deus...
Tanto a vida, como a morte são coisas comuns neste mundo. Semana passada nasceu o filho de outro amigo, o Johnie. Não há antagonismo nestes fatos, apenas são realidades da vida, melhor dizendo, da nossa vida neste mundo.
Não morri no acidente, ou nas quatro vezes em que meu carro enguiçou no último mês (enguiços que poderiam redundar em acidentes, talvez fatais). Não aconteceu. Porque não aconteceu? Porque Deus não permitiu. Olhar para o mundo e enxergá-lo com as dificuldades que existem, é enxergá-lo do jeito que ele é. Do jeito que Deus quer que seja. Sou de pouco brigar. As pessoas falam comigo e na medida do possível vou fazendo. Por que? Porque a vida é assim mesmo, se brigarmos com os outros arranjaremos inimigos e continuaremos a ter que fazer o que nos foi solicitado. Porque quando alguém vem falar com você, já em seu íntimo a decisão estava decidida. E esta decisão é taxativa como uma morte, não se tem como voltar atrás.
Assim sendo, não gosto de participar de reuniões que promovam a "melhoria" do que quer que seja. As decisões já foram tomadas muito antes de se marcar a data da reunião, é só teatro para iludir quem quiser ser iludido. E eu me dou o direito de não ser iludido.
Dando um exemplo: existe um recurso da administração que é o contraditório e a ampla defesa. Para mim, é também simples teatro. A decisão já foi tomada antes do envio da documentação, senão, nem haveria a necessidade da documentação. A questão considerar-se-ia resolvida e pronto. É um morto, pelo qual não se pode fazer mais nada, senão chorar.
Parece uma visão dura da realidade, não é? Deve ser mesmo. Mas pare para pensar; não é desta forma que as coisas são? Muito, mas muito raramente, após tomarmos todas as medidas que nos mandaram tomar, a decisão primária é modificada, pois modificá-la (a decisão), seria como se a autoridade se enganasse e como diz o ditado: "palavra de rei não volta atrás".
Citei os nomes dos parentes dos mortos e dos vivos, como que os homenageando e aos seus entes queridos. Vibremos (oremos, rezemos, meditemos, etc...) pela vó da Yanna e da Ylanna. Sabemos, que ao final, será como Deus quer que seja. Já está decidido, pela mais alta autoridade dos céus. O que tiver que ser, será. Mas, façamos aquilo que podemos fazer, orar. Talvez o nosso clamor encontre guarida no coração de Deus e Ele mude a sorte dela(s). Sabemos que muito raramente isto ocorre. Quem sabe esta não seja uma dessas vezes? Façamos a nossa parte.
Oremos também pelo filho do Johnie. Que ele tenha uma longuíssima e vitoriosa jornada pela frente.
Beijos fraternais,
Alf.

domingo, 4 de abril de 2010

A Páscoa do Senhor

Oi.
Páscoa vem do hebraico, "pessach" e significa passagem. Não, não me esqueci que hoje eu fiquei de explicar como o Cristo morreu, é que os assuntos são pertinentes entre si. Aliás, além de explicar como, explicarei também porque ele morreu. Audácia da minha parte? Talvez. Leia até o final e me retorne, se escrevi algo do que você discorda.
A morte do Cristo: vimos no último post que o pobre coitado que ia para a cruz, morria de asfixia. Primeiro ele bebia a mistura de vinho, mirra e fel (o que Cristo não quiz) que servia como anestésico e era até um ato de misericórdia, pois se procurava amenizar o sofrimento. Depois se pregava o cara na cruz de tal forma que ele não caísse para a frente ou se soltasse. Com o peso do corpo o animal (todo ser humano é animal, lembra?) parava de respirar e morria por asfixia; quando isto não acontecia, para não profanar o sábado, o camarada tinha as suas pernas quebradas por alavancas feitas com as lanças dos Soldados. Aí existe um lance interessante: existia uma profecia de Isaías que dizia que nenhum dos ossos do Messias poderia ser quebrado. E mais, todo animal que morresse com seu sangue dentro do corpo, seria considerado impuro. Hum... Você se lembra do São Longuinho? Ou São Salonguinho? Aquele dos três pulinhos... Pois é, esse santo é o cara que, ao invés de quebrar as pernas do Cristo, para que ele morresse por asfixia (e com o sangue dentro do corpo, o que tornaria o corpo de Cristo impuro), decidiu, crê-se que por influência divina, enfiar a lança ao lado do corpo do Cristo, como certificação do óbito, fazendo desta forma que não uma, mas duas profecias do Velho Testamento fossem cumpridas ao mesmo tempo.
Então, com o sangue que escorreu ao lado do corpo de Cristo, estava consumada a Paixão. O próprio Cristo disse: "Está consumado".
Porque Cristo morreu: porque com uma lança ao lado do corpo todomundo morre... Dããããããã. Claro que não. É preciso um pouco de esforço para entender as alegorias da páscoa. Ajudaria, se eu escrevesse melhor, mas vai do jeito que eu sei escrever mesmo. A páscoa, no passado, não tinha esses lances de coelhinho, ovinho, chocolate, etc... O que mandava o jogo era o cordeiro. Quando, na primeira das páscoas, cerca de mil e quinhentos anos antes da morte de Cristo, o Anjo Destruidor do Senhor passou no arraial dos egípcios, nas casas em que havia sangue de cordeiro espargido nos umbrais, ele não ousou tocar nos primogênitos. O cordeiro foi morto, para proteger uma nação. A alegoria do cordeiro está na Bíblia, em diversas passagens. Através da pele de um cordeiro Adão e Eva taparam a vergonha de sua nudez (o cordeiro salvou um casal), Deus providenciou um cordeiro para que Abraão não sacrificasse seu filho (o cordeiro salvou uma família). Agora vemos o Cristo, que como "ovelha muda foi levada ao matadouro". Sofrendo, chorando, apanhando... Porém, sem defeito, sem mácula, perfeito como os sacrifícios de cordeiro exigiam que fosse. O cordeiro passou a ser sacrificado por um motivo simples: os pecados dos homens (de qualquer tipo, desde o que você pensou aí, até o mais brando ou mais grave, tudo é pecado) precisavam ser pagos e o pagamento era o sangue. Mas Deus, num ato de amor muito grande pelos homens, redesenhou essa história e fez de seu próprio filho o cordeiro, que com seu sangue pagaria o preço do pecado dos homens em todas as eras (o cordeiro que tira o pecado do mundo). Cristo nos salva, não com seu belo exemplo (o exemplo é belo, realmente), mas pagando um preço de sangue (de dor e sofrimento) pelos nossos pecados. Então, Cristo morreu para isto, para pagar o preço do seu pecado (e do meu também) e livrar a sua alma da morte eterna. Por isto diz-se que Jesus morreu na cruz para nos salvar; salvar da morte eterna...
A Páscoa do Senhor: fico imaginando a cara da mulher que foi ao túmulo de Jesus e Ele não estava lá, tinha ressucitado. Esta é a páscoa do Senhor. Mostra o poder do sangue de Cristo. Existe o relato de que o sangue de Cristo caiu no ohos do São Longuinho e o curou de uma doença incurável nas vistas. Mas o poder do sangue é maior do que somente isto. Ora, pensemos juntos: se o Anjo Destruidor do Senhor, não usou tocar naqueles que tinham o sangue do cordeiro sobre seus ombros na primeira páscoa, quanto mais Satanás não ousará tocar naqueles que tem o sangue do cordeiro vivo, daquele que estava morto e reviveu, aspergido sobre suas vidas, através da aceitação do sacrifício vicário de Cristo pela salvação de suas almas.
Páscoa é isto: é renascimento. Comemora-se o renascimento do Cristo. Que Cristo então possa renascer, não somente no dia em que é comemorado o domingo de Páscoa, mas sim, em todos os dias da sua vida.
Feliz Páscoa,
Beijos e abraços,
Alf.

sábado, 3 de abril de 2010

A Paixão de Cristo II

Oi.
Eu estou continuando o post que comecei ontem, salientando os pontos que considero interessantes e subliminares n'A Paixão de Cristo. Se você não viu o de ontem, vá lá e dê uma espiadinha... Agora, que o BBB10 acabou, sua melhor opção de espiadinha passou a ser o post de ontem do Blog do Alf. É o fundo do poço...
6. O Gólgota ou Calvário: gólgota significa lugar do crânio, em referência às ossadas dos indigentes que não tinham família ou posses que lhe dessem um túmulo e que deveriam ficar por lá. Veja que no caso de Jesus, um senhor, José de Arimatéia, pede o corpo do Cristo para poder enterrá-lo em um túmulo. Calvário significa caveira, mas esta eu acho que você instintivamente já sabia; afinal, foneticamente "calvário" parece-se com caveira, pronunciado de forma errada.
7. Simão cireneu: a "pax romana" era um negócio legal - para os romanos. Eles dominavam e o resto do povo cumpria. A tal "pax" deve ser a precursora dos casamentos modernos: sempre tem alguém mandando e alguém, morrendo de raiva e a contragosto, fingindo às vezes que não, obedecendo. Pois bem, o lance do Simão cireneu foi esse; ele, por não ser romano, foi constrangido LEGALMENTE a levar a cruz. Tal ordem fazia parte do tratado de paz romano. O povo vencido tinha que cumprir obrigações, entre elas, a de carregar peso.
8. A crucificação: lembram-se do Dr Pierre Barbet (post do dia 02 abr 10)? Ele muito avançou no entendimento da crucificação de NSJC, mas foi rebatido por um colega, o médico forense, Doutor Frederick Zugibe. Como nenhum dos dois é Teólogo (nem eu, diga-se de passagem) tomarei a liberdade de juntar o que vejo de plausível em ambas as teorias, mais as minhas observações:
8.a. INRI significa IESUS NAZARENUS REX IUDAEORUM; Jesus Nazareno (referência à cidade de sua família, já que ele havia nascido em Belém, para que se cumprissem as escrituras) Rei dos Judeus. Uma referência ao crime cometido por Jesus, mais que uma titulação.
8.b. Os membros de Jesus, além de cravados (presos com cravos, espécie de pregão - prego grande), foram amarrados à cruz, pois se fosse de diferente forma, o crucificado teria suas mãos rasgadas a partir do punho, cairia da cruz em virtude do peso do corpo e não morreria.
8.c. Os crucificados eram embriagados, com uma mistura de vinho, mirra e mel. Jesus não quis. Ele precisava pagar um preço de dor pela sua alma.
8.d. Os Soldados deitaram sortes para saber quem ficava com a túnica: era comum na antiguidade as questões serem resolvidas na sorte: O sumo sacerdote judeu usava duas pedras, Urim e Tumim (Luzes e Perfeição), para deitar sortes sobre o destino do povo em questões nacionais de ordem político-religiosa. Os apóstolos deitaram sortes para escolher o substituto de Judas (o traidor, que se suicidara). Contudo, quando você escuta que jogar na loteria é pecado, o embasamento deste conceito está no fato do sorteio da capa (púrpura) do Cristo.
8.e. Ainda sobre vestuário: ora, se as vestes de Jesus foram repartidas e sua túnica sorteada, de onde vem o fraldão das imagens e esculturas que sempre vemos por aí? Da imaginação do artista. A cruz era vergonhosa porque expunha as vergonhas do cidadão. Sim, amados leitores. Difícil conceber, mas parece que é um fato. Jesus estava nu na Cruz, com suas vergonhas expostas.
8.f. Por último e não menos importante: como era a morte na cruz: Você já parou para pensar como alguém morre na cruz? Era uma morte demorada, com cerca de três horas de duração. O camarada era preso na cruz (como no filme, pregado com cravos) e os punhos amarrados... Mas para que tudo isto? A idéia era que o crucificado morresse por asfixia. Com os punhos amarrados, o tronco do camarada pesava e descia, comprimindo o músculo do diafragma e dificultando a respiração. Lá pelas tantas, os Soldados quebravam as pernas dos crucificados, para que, sem controle do peso do corpo, finalmente, exaustos e cansados, morressem sem poder respirar.
Só que com Jesus foi diferente...
Quer saber como foi com Jesus?
Não perca o post de amanhã, no qual explicarei a morte do Cristo e conversaremos sobre a Páscoa.
Bjs,
Alf.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

A Paixão de Cristo I.

Oi.
A semana santa é a semana em que a cristandade rememora os fatos que envolveram a paixão e a ressurreição de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Mesmo que você não seja cristão, não se pode negar a influência dos ensinamentos deste Deus/homem que habitou entre nós e cujos caminhos de fé e esperança estão sendo propagados até hoje, pelos quatro cantos da terra (uéééé??? A terra não é redonda...).
Entro no clima e faço pequenas observações à história que mudou a história da humanidade.
1. O lava-pés: Jesus lava os pés dos discípulos antes da ceia: não, não existia tênis, nem sapatilha, sapatênis, nem nada do tipo àquela época. E o calçamento das ruas deveria ter o sugestivo nome de descalçamento... Entrar em casa significava ter que lavar os pés. Só para lembrar, lá em Cantares, outro texto bíblico, a noiva fala que já se havia deitado e que não se levantaria para encontrar seu noivo, porque sair à rua significaria sujá-los - quanta falta faz um Arruda na administração pública... Os discípulos já estavam limpos pela Palavra de Deus, mas precisavam antes de participar da ceia, ter seus pés lavados pelo Cristo. É por isto que hoje, nas Igrejas cristãs, os cristãos já limpos (batizados), antes de participar da Ceia do Senhor, apresentam seus "pés sujos" para serem lavados pelo Senhor (a confissão de pecados é o caminho pelo qual o Senhor lava nossas pequenas sujeiras, tornando-nos aptos a participar da mesa).
2. O suor de Jesus caía na terra como gotas de sangue: ao contrário do senso comum, não é uma alegoria, foi fato. Existe um fenômeno, a hematidrose, causada, em situações extremas, pelo extravasamento do sangue de pequenos vasos localizados abaixo das glândulas sodoríparas (as glândulas que expelem o suor); o sangue se mistura com o suor e temos aí o fato que a Bíblia narra. Já pensou o quão extremo foi para o corpo carnal do Cristo estar carregando sobre os seus ombros o preço a ser pago pelo meu pecado, pelo seu pecado, pelo pecado de toda a humanidade, em todas as eras? Ele fez isto por amor...
3. Jesus sofre muito antes da cruz: na concordância dos evangelhos, percebe-se que Jesus vira uma espécie de sparring (aquele cara que treina o boxeador profissional e que só está ali para levar porrada...) de guardas judeus, populares, guardas romanos e o escambau. Gente, devemos lembrar que este era um tempo de guerras e que o vigor físico era o grande diferencial dos profissionais da carreira das armas daquela época. Uma bofetada de um soldado contra um homem comum tinha um efeito mortal. Quando a Bíblia diz que que os populares perguntavam "és profeta, diga quem te bateu?" devemos perceber a informação subliminar: ele já tinha apanhado tanto e tão brutalmente, que seus olhos estavam cerrados pelo inchaço de seu rosto, em virtude dos hematomas sofridos e somente através de uma profecia Ele poderia saber quem lhe tinha batido. E o sofrimento, por amor, ainda nem começou...
4. As chibatadas: sim, chibatadas também são sofrimentos antes da cruz, mas as destaco por causa da diferença do chicote da época com os de hoje. O chicote de então era feito com tiras de couro múltiplas (alguns autores falam sobre sete tiras, mas acho que este critério de qualidade tem mais a ver com numerologia bíblica do que com a realidade. Ou alguém já ouviu falar de norma ISO para a fabricação de chicotes no primeiro século da era cristã?) sobre as quais estavam fixadas bolinhas de chumbo e pequenos ossos, para que o chicote não só ferisse a pele, mas entrasse dentro da carne e ao sair, levasse consigo nacos da pele das costas da vítima, deixando-a em carne viva. Você nunca pensou que Ele, ao levar a Sua cruz às costas, estava sangrando, em carne viva, sentindo uma dor incomensurável, não é mesmo? Quanta dor, quanto sofrimento... Por amor a mim e a você.
5. A coroa de espinhos: um médico francês, o Doutor Pierre Barbet, escreveu em seu livro
“A Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo Segundo o Cirurgião “, Editora Santa Maria, RJ, o seguinte: "Com longos espinhos, mais duros que aqueles da acácia, os algozes entrelaçam uma espécie de capacete e o aplicam sobre a cabeça. Os espinhos penetram no couro cabeludo fazendo-o sangrar...". Já o palestrante internacional Doutor Silmar Coelho, disse que os espinhos tinham cerca de cinco centímetros de altura e que ao penetrarem em sua carne, expulsaram parte do sangue pisado que estava em seu rosto. Todo este sangue sendo derramado por amor à humanidade...
Peço desculpas. Ainda há muito sofrimento para narrar, muito amor para ser descoberto nas atitudes sacrificiais de Jesus, mas continuarei a narrá-los depois. Não posso e seria desrespeito para com o Cristo permitir que meu leitor, pelo enfado causado por um texto demasiadamente grande, não lisse todo o subliminar existente na paixão e assim, não reconhecesse toda a extensão e a profundidade do amor de Deus pela humanidade.
Poque está escrito: "Deus amou o mundo de tal maneira, que deu seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida Eterna.". Martinho Lutero, teólogo alemão, considerado o pai espiritual da Reforma Protestante, dizia que este texto, João 3:16, era a Bíblia em miniatura, pois fala do amor de Deus por seu povo, entregando seu próprio filho à morte.
Depois a gente continua.
Beijos e abraços,
Alf.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Os pratos da balança.

Oi.
Hoje estava conversando com uma amiga e soube que ela estava "enrolada". Enrolado é o estado civil mais conhecido antigamente como "tico-tico no fubá". Acho que deveria existir nos formulários que a gente preenche, uma pluralidade de opções no campo "estado civil" compatível com a realidade dos fatos. O cara está "na morando" (morando junto com a namorada), por exemplo. Tinha que ter uma opção para isto. Ou o casal que separou mas mora na mesma casa; tinha que ser diferente do casal que casou mas mora em casas separadas (?!?!?!?!?!??!). Sim, existem mais formas de estado civil que a nossa vã filosofia pode conceber...
Lá pelas tantas ela me disse que a relação é difícil, o cara não se assume, não a assume - não fosse a distância, ia lá e dava uns sopapos no caboclo para ver se ele vira homem, risos.
O chato ao acompanhar todas estas histórias que vocês compartilham comigo é que me parece às vezes que não aprendemos (é, eu estou incluso aí...) nada com a vida. TEMOS QUE GOSTAR DE QUEM GOSTA DA GENTE, DE QUEM QUER NOS ASSUMIR. Todo mundo sabe disto mas fica fazendo que não sabe e se apaixonando por alguém que não dá futuro, não vale a pena, não vale o investimento que se faz em amor, dedicação, anulação, etc... Chega de ficar sofrendo na mão de quem não nos dá valor. E parece haver um círculo vicioso de desgostar-se de si mesmo por trás disto.
Na contramão da proposta de hoje, uma outra moça me disse que não consegue gostar de quem gosta dela. Ora, se ela não gosta de quem gosta dela, sobrou-lhe a opção de gostar de quem não gosta dela (?!?!?!?!) e isto é, na prática, não gostar de si mesma. Parece estranho, mas é isto: tanto uma como a outra, estão escolhendo o caminho da dor, da submissão impensada aos caprichos de seus homens, que, pela falta de postura decidida delas, acabarão optando por largá-las, trocando-as por alguém que lhes imponha limites.
Sei que tem hora que eu escrevo de modo difícil, então exemplificarei: uma mulher precisa sentir-se amada por inteiro e não somente desejada entre quatro paredes. Logo, precisa de alguém que goste dela e que assuma a relação em todas as facetas da vida a dois. Esquivar-se disto é covardia. Mas no afã de encontrarmos (não, não sou mulher, só estou tendo compaixão, ou seja, sentindo a mesma dor que elas e me incluindo no grupo) um pouco de amor, ainda que em forma de migalhas, sujeitamo-nos aos caprichos de alguém que não gosta de nós como gostaríamos que gostasse, abrindo mão de gostar-se de si mesmo, anulando nossas próprias expectativas.
Gostar não é sofrer. É preciso então que este amor, caso, enrolação, tenha o nome que tiver, do jeito que for ou tiver que ser, seja pesado em uma balança cujos pratos sejam nominados como "agradável" e "desagradável". Caso a balança, ainda que com alguma condição de desconforto esteja pendendo mais para o "agradável", repense a relação, rearranje a relação com o outro lado enrolado e quem sabe não teremos aí um novo casal andando de mão dada pelo shopping? Ou, maduramente se decida pelo afastamento, caso a balança esteja pendendo para o "desagradável". Claro, não dá para abrir mão dos planos de uma hora para outra. Talvez este "desagradável" seja momentâneo. Procure seu parceiro e converse com ele. Mas, façam, quer seja pelo caminho do afastamento, quer seja pelo caminho da aproximação, o possível para serem felizes.
SEJAM FELIZES!
Alf.