domingo, 4 de abril de 2010

A Páscoa do Senhor

Oi.
Páscoa vem do hebraico, "pessach" e significa passagem. Não, não me esqueci que hoje eu fiquei de explicar como o Cristo morreu, é que os assuntos são pertinentes entre si. Aliás, além de explicar como, explicarei também porque ele morreu. Audácia da minha parte? Talvez. Leia até o final e me retorne, se escrevi algo do que você discorda.
A morte do Cristo: vimos no último post que o pobre coitado que ia para a cruz, morria de asfixia. Primeiro ele bebia a mistura de vinho, mirra e fel (o que Cristo não quiz) que servia como anestésico e era até um ato de misericórdia, pois se procurava amenizar o sofrimento. Depois se pregava o cara na cruz de tal forma que ele não caísse para a frente ou se soltasse. Com o peso do corpo o animal (todo ser humano é animal, lembra?) parava de respirar e morria por asfixia; quando isto não acontecia, para não profanar o sábado, o camarada tinha as suas pernas quebradas por alavancas feitas com as lanças dos Soldados. Aí existe um lance interessante: existia uma profecia de Isaías que dizia que nenhum dos ossos do Messias poderia ser quebrado. E mais, todo animal que morresse com seu sangue dentro do corpo, seria considerado impuro. Hum... Você se lembra do São Longuinho? Ou São Salonguinho? Aquele dos três pulinhos... Pois é, esse santo é o cara que, ao invés de quebrar as pernas do Cristo, para que ele morresse por asfixia (e com o sangue dentro do corpo, o que tornaria o corpo de Cristo impuro), decidiu, crê-se que por influência divina, enfiar a lança ao lado do corpo do Cristo, como certificação do óbito, fazendo desta forma que não uma, mas duas profecias do Velho Testamento fossem cumpridas ao mesmo tempo.
Então, com o sangue que escorreu ao lado do corpo de Cristo, estava consumada a Paixão. O próprio Cristo disse: "Está consumado".
Porque Cristo morreu: porque com uma lança ao lado do corpo todomundo morre... Dããããããã. Claro que não. É preciso um pouco de esforço para entender as alegorias da páscoa. Ajudaria, se eu escrevesse melhor, mas vai do jeito que eu sei escrever mesmo. A páscoa, no passado, não tinha esses lances de coelhinho, ovinho, chocolate, etc... O que mandava o jogo era o cordeiro. Quando, na primeira das páscoas, cerca de mil e quinhentos anos antes da morte de Cristo, o Anjo Destruidor do Senhor passou no arraial dos egípcios, nas casas em que havia sangue de cordeiro espargido nos umbrais, ele não ousou tocar nos primogênitos. O cordeiro foi morto, para proteger uma nação. A alegoria do cordeiro está na Bíblia, em diversas passagens. Através da pele de um cordeiro Adão e Eva taparam a vergonha de sua nudez (o cordeiro salvou um casal), Deus providenciou um cordeiro para que Abraão não sacrificasse seu filho (o cordeiro salvou uma família). Agora vemos o Cristo, que como "ovelha muda foi levada ao matadouro". Sofrendo, chorando, apanhando... Porém, sem defeito, sem mácula, perfeito como os sacrifícios de cordeiro exigiam que fosse. O cordeiro passou a ser sacrificado por um motivo simples: os pecados dos homens (de qualquer tipo, desde o que você pensou aí, até o mais brando ou mais grave, tudo é pecado) precisavam ser pagos e o pagamento era o sangue. Mas Deus, num ato de amor muito grande pelos homens, redesenhou essa história e fez de seu próprio filho o cordeiro, que com seu sangue pagaria o preço do pecado dos homens em todas as eras (o cordeiro que tira o pecado do mundo). Cristo nos salva, não com seu belo exemplo (o exemplo é belo, realmente), mas pagando um preço de sangue (de dor e sofrimento) pelos nossos pecados. Então, Cristo morreu para isto, para pagar o preço do seu pecado (e do meu também) e livrar a sua alma da morte eterna. Por isto diz-se que Jesus morreu na cruz para nos salvar; salvar da morte eterna...
A Páscoa do Senhor: fico imaginando a cara da mulher que foi ao túmulo de Jesus e Ele não estava lá, tinha ressucitado. Esta é a páscoa do Senhor. Mostra o poder do sangue de Cristo. Existe o relato de que o sangue de Cristo caiu no ohos do São Longuinho e o curou de uma doença incurável nas vistas. Mas o poder do sangue é maior do que somente isto. Ora, pensemos juntos: se o Anjo Destruidor do Senhor, não usou tocar naqueles que tinham o sangue do cordeiro sobre seus ombros na primeira páscoa, quanto mais Satanás não ousará tocar naqueles que tem o sangue do cordeiro vivo, daquele que estava morto e reviveu, aspergido sobre suas vidas, através da aceitação do sacrifício vicário de Cristo pela salvação de suas almas.
Páscoa é isto: é renascimento. Comemora-se o renascimento do Cristo. Que Cristo então possa renascer, não somente no dia em que é comemorado o domingo de Páscoa, mas sim, em todos os dias da sua vida.
Feliz Páscoa,
Beijos e abraços,
Alf.

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