domingo, 29 de agosto de 2010

Dores...

Oi.
Você sabe o que é acordar todas as manhãs procurando em si mesmo onde está a dor? É um estranho check list, mas tenho passado por ele. Acordo, com a certeza de que alguma parte do meu corpo está doendo. Caso eu ainda não tenha sentido dor, não é motivo para alegria, é somente porque eu ainda não identifiquei o lugar.
Hoje, foi a vez do abdômen, na região conhecida como baixo ventre. A dor perdurou o dia inteiro, ainda dói... Tem sido assim desde o dia onze de julho, menos um dia. Mas, eu sou longânimo. De todas as virtudes espirituais esta é a que mais desponta em mim. Para quem não conhece o termo, longanimidade é uma teimosia saudável, a qualidade do perseverante, mas vai além, pois é uma perseverança sempre positiva; mesmo que a vida dê sinais de que a derrota se aproxima, o longânimo continua ali, seguindo em frente e acreditando na vitória.
O longânimo, na gíria, é o famoso "malandro agulha", aquele que toma no buraco, mas não perde a linha. Este sou eu, sofrendo com as dores, mas acreditando nas prescrições médicas. Acreditando, melhor dizendo, em tudo que me passaram sobre meu estado de saúde (ou da falta dele).
Desculpe-me por falar de dor hoje. É que, longânimo ou não, a boca continua a falar do que o coração está cheio. E o meu está cheio de saber que meu corpo dói.
Hoje eu não mandarei nem beijo nem abraço. Mandarei um colinho, pois é disto que todo mundo sente falta.
Colinho gostoso,
Alf.

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