sábado, 22 de janeiro de 2011

Sobrevivente...

Oi.
Ontem eu estava teclando com o Xaxa (apesar do apelido, digamos, pueril, é um Primeiro-Sargento do Exército, de quase dois metros de altura) e eu comentei com ele sobre a morte de um outro Sargento. Por analogia, começamos a conversar sobre o assunto morte e percebemos quantos amigos queridos e comuns a nós, já se foram.
Eu tenho 42 anos e o Xaxa deve ser, no máximo, 5 anos mais novo do que eu. E falávamos de homens com idades semelhantes à nossa: Romazzini, Domingos, Libório... Cada um teve sua história e, de certa forma, colaborou para a progressão da vida na Terra, um de forma mais altruísta, outro, nem tanto e outro, de forma mais violenta (apesar de todas estas mortes terem sido de forma violenta). Mas foram pessoas que passaram por nós e que já se foram. Como me disse outro amigo, o Anércio, esperamos apenas que estejam (ele se referia a um só, eu é que estou estendendo o conceito para todos) em um bom lugar...
Só que, a determinada altura da conversa, me lembrei de minha prima, pouco mais nova do que eu, que morreu de câncer em 2007 e do seu Gunther, professor que me substituiu na Microcamp, que, como fiquei sabendo ontem, morreu em julho de 2010. Comentei com o Xaxa que chegamos a uma altura da vida em que podemos já nos chamar de sobreviventes. Ele no auge dos seus 37 anos não comentou, mas deve ter pensado em pessoas queridas que também se foram e concordou comigo.
Então, a cada manhã, torno-me, uma vez mais, sobrevivente. E tento continuar vivo até a manhã seguinte.
Beijos e abraços (aproveitem meus beijos e abraços, conforme a preferência, enquanto podem, enquanto estou vivo...)
Alf...

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