segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Balanço...

Oi!
Fim de ano chegando, os shoppings já se movimentam para os festejos natalinos, Papai Noel está com 352.218 chegadas previstas, enfim, caminhamos a passos rápidos e largos para o fechamento deste ciclo, chamado ano.
Eu sei que, para um balanço, está, digamos, cedo. Afinal, ainda faltam 49 dias pra o fim do ano... Mas, como para o fim do mundo, previsto para 21 de dezembro, faltam apenas 39 dias, resolvi me antecipar. Vai que... ;-)
Foi um ano bom. Sim, com certeza foi... Tudo bem, continuo pobre, continuo com problemas financeiros (igualzinho a você, né? Hehehehe)... Aliás, neste contexto, a melhor coisa que poderia acontecer, seria mesmo o fim do mundo... Coitados dos meus credores...
Voltando: Foi um ano bom. Eu realizei um sonho antigo, tornei-me Faixa Preta de Taekwondo. Ainda que todo o resto fosse trágico (o que não foi), esta realização cujo sonho começou há mais de trinta anos, cobriu de alegria a minha vida. Ainda me emociono ao pegar nas mãos a Faixa Preta, ao me olhar no espelho usando o "Black Collar", estrangeirismo usado para designar aquela gola preta dos Do Boks dos Faixas Pretas, eu, um deles. Sabiam que, não raro, eu a beijo (a faixa) antes de colocá-la na cintura?
Foi um ano bom. Com cerca de 60 dias de Faixa Preta, eu fui para o Campeonato Brasileiro. Não, você não leu errado, fui mesmo... Levei, logicamente, tinta, mas estava lá, entre os melhores do Brasil e me considerando um deles (talvez, sem sê-lo; mas, amando estar ali...).
Foi um ano bom. Continuando em minha caminhada de taekwondista, fui parar em Curitiba, no afamado Brazil Open, considerado o maior evento de Taekwondo da América Latina. Lá estava eu, "pagando mico",  participando das categorias artísticas (Poomsae, forma  e Kiok Pá, quebramento) e, num arroubo de ilucidez, participando do Keourugui, luta, matando de raiva todos aqueles que me consideravam um "taekwondista menor", por ser mais um artista marcial, do que um lutador. E, explicando o contexto do termo "ilucidez", entendi que preciso emagrecer urgentemente: o cara era tão grande, que o apelidaram de Sasquat, o temido pé-grande canadense. Mas, como na categoria de peso em que estou só existe o peso mínimo, fui obrigado a lutar com um atleta alto, grande e forte. Meta pra 2013? Emagrecer 14 Kilos - Tremei, categoria até 80 Kg!!!!
Foi um ano bom: Em meados de setembro, a WTF (World Taekwondo Federation) lançou um concurso online de vídeos de Poomsae Estilo Livre, ou seja, um concurso de "forma", cuja "forma" foi criação do atleta. Descobri por acaso, pedi pra alguém filmar, pra outro editar, postei na página da WTF e fiquei maravilhado com o resultado. Foram 1725 visualizações, 123 curtidas, 83 gostadas, 19 compartilhamentos, dezenas de comentários... Contudo, o "WTF Poomsae Comittee", após uma análise pormenorizada, declarou um atleta americano como sendo o vencedor do concurso. Ô inveja, quer dizer, ô raiva, bem, errr, quer dizer, xiiiiiiiiiiiiii... Vocês entenderam, não entenderam? ;-) Enfim, por tudo isto, foi também um bom ano...
Foi um ano bom. Um ano bom que ainda não acabou (09 de dezembro terá um campeonato na Samambaia). É claro, contudo, que neste ano não teve só Taekwondo. Mas, a boca fala do que está cheio o coração. E meu coração, vive Taekwondo.
Beijos e abraços,
Alf.

domingo, 30 de setembro de 2012

Atualizações...

Gente, como está corrido o meu dia-a-dia...

Consegui uma grande façanha. Hoje em dia sou faixa preta de Taekwondo. Uau! Mas, lembrai-vos do Homem-Aranha (?!?!?!??!): junto com grandes poderes, sempre vêm grandes responsabilidades.

A primeira grande responsabilidade foi o Campeonato Brasileiro de Taekwondo. Imaginem eu, com 44 anos de idade, indo para o meu 1º Campeonato Brasileiro. Parecia uma criança (quero dizer, parecia mais criança ainda...). E lá estava eu, com 62 dias de faixa-preta, competindo com Mestre Ricardo Favorito, Mestre Luciano Costela e o imbatível Mestre Renato Ribeiro. Aham...

Mas, pior que o campeonato, em si - alguns presentes disseram que eu estava tremendo; quanta maldade... - foi a preparação. Deixem-me explicar: como eu mudei de categoria (era colorida e passei para faixa-preta) e tive que treinar SETE novas sequencias de movimentos para o campeonato (para você ter uma ideia, teoricamente, pelas regras do Taekwondo tradicional, levar-se-iam 15 anos para eu ousar aprender a sétima sequencia e eu só seria considerado apto a executá-la, após mais seis anos...). Não obstante, treinei. E treinei... Horas por dia, todos os dias... Treinei tanto que me lesionei. Mas havia o campeonato. O que eu fiz? Fui lesionado mesmo. Fazer o que, né? É a vida...

Meu próximo desafio será o Brazil Open de Taekwondo, em Curitiba. Já consegui o patrocínio das passagens junto ao programa "Compete Brasília", que fomenta a participação de atletas brasilienses de alto rendimento - é, eu também não sei como é que eu fui parar ao lado desses atletas de alto rendimento, risos - em eventos esportivos em todo o país. Ainda falta o patrocínio das estadias, da inscrição (e de um par de luvas e de um protetor genital, que estou precisando). Mas vamos orando. Seguimos orando. Sempre em frente.

Abraços e beijos,

Alf.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Eu voltei....

Pois é...
Lembram-se daquela propaganda da SKY em que o cara chegava em casa, música de Roberto Carlos ao fundo e a esposinha (a estonteante Gisele Bundchën) esperando toda saudosa? Pois é, eu também voltei... Voltei, após um longo e tenebroso inverno, a escrever no blog (tá, ok, ao invés de "tenebroso inverno" está mais para um produtivo e agitado verão, mas dá pra me deixar usar o bordão? Obrigado.), voltei também a DEIXAR MEU BIGODE - está lindo, diga-se de passagem, hehehe -  e voltei a treinar Tae Kwon-Do (agora com  bastante intensidade e com chutes mais altos)... São os ciclos da vida, eles acabam se repetindo...

Aliás, eu tenho muita dificuldade em acompanhar os progressos do Tae Kwon-Do atual... São muitas regras, mudam quase sempre e pelo que entendi, existem regras que só existem em nosso país, como no caso dos atletas "Master" (velhinhos, como eu) que não chutam em cima. Como será que fica para os atletas que forem participar do "2013 World Master Games" (próximo campeonato mundial para velhinhos) em Turim, na Itália??? Será que esta regra também será aplicada por lá???? E o "Infantil Menor", que por aqui também não chuta na cabeça - aliás, não tem nem contato -? O que dizer do Emil (atleta "Infantil Menor"), conhecido como Tae Kwon-Do Kid, que é tão bom que saiu da Dinamarca para treinar nos EUA e que treina e luta com muita ênfase nos chutes em cima???? Dê uma conferida:


Sou da época em que o Tae Kwon-Do (entenda-se: todos os praticantes, em todas as categorias) chutava mais em cima. E se parecia mais com uma "luta de verdade", do que com o atual esporte olímpico. Usava todos os chutes, em todas as bases, ambas as pernas, socava-se muito, usava-se os braços para a defesa, uma postura mais ereta, enfim, quase outro esporte... Valorizava-se o treino de Ho Shin Sull (defesa pessoal) ou de Derion (as outrora "lutas combinadas"; hoje em dia usa-se o termo Keourugui para qualquer tipo de luta) da mesma forma que se valoriza atualmente o treino da luta olímpica. Ai daquele que lutasse bem, mas fizesse um Kibon Don Jah (treinamento para as formas) ruim... "Volta lá e paga dez", hehehehe. Bem, mas eu voltei (só para explicar: minha ponta vemelha é da segunda metade da década de oitenta - 1986?? 1987??? Não lembro ao certo... -, parei por cerca de quinze anos, voltei e treinei até sair vermelha, entre 2002 e 2003 - ouvindo já naquela época piadinhas do tipo: "nossa, o Tae Kwon-Do dele é muito diferente do nosso" - e agora, depois de quase mais uma década parado, voltei) e entendo que o lugar do passado é, bem, digamos, o passado. Resultado: quando voltei, mantive o "posto" (2ª Gub - vermelha), consegui mudar minha "patente" (1ª Gub - ponta preta), mas vejo que, como naqueles jogos de tabuleiro, eu voltei foi para o início. É como que se o que eu já soubesse, tivesse que reaprender; melhor dizendo, TENHO q reaprender. O esporte evoluiu também no aspecto marcial; com isto, as posturas ao se realizar as formas (Poomsae, técnica na qual sempre me achei "o cara") também mudaram, ou, como se diz, evoluíram... Admito neste espaço e publicamente que não sei lutar o moderno Tae Kwon-Do (eu me considero, para fins de luta, na minha categoria, o pior atleta do Distrito Federal - eu posso até ter ganho algumas lutas e medalhas, mas isto não significa, PARA MIM, que eu esteja bem; quando muito, significam que dei sorte, hehehehhehe); mas também admito que estou fazendo a minha parte para aprender o máximo sobre este, para mim, "novo" esporte, o qual sonho, em breve (um ano??!?!?!?), estar lutando "feito gente grande" (apesar dos quase 44 anos de idade e dos quase 100 quilos, fatores que dificultam a excelência no aprendizado).

Eu voltei. Vejamos no que vai dar.

Beijos e abraços,

Alf.